quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Lapidando minha Pedra


Desde que me iniciei nesta Augusta Ordem, e desde que adentrei ao templo em busca da verdadeira luz, me foi sempre dito que deveria lapidar minha pedra bruta. Disseram-me também que este lapidar seria um trabalho lento e solitário, onde deveria aparar minhas arestas sem reparar nas imperfeições de outras pedras. Entretanto, a solidão na caminhada ao espiritual não significa viver apartado das pessoas, pois o crescimento sem a companhia dos irmãos é impossível, visto que desapareceriam os referenciais que servem de colunas de orientação.

Da mesma forma, torna-se impossível lapidar minha pedra sem reparar nas pedras a meu lado que me servem de vetor e por isso mesmo de orientação em minha lenta lapidação. É muito fácil dizer que eu não reparo na imperfeição da pedra alheia e por isso também não vou querer que reparem na imperfeição da minha.

A Maçonaria é sábia e perfeita em seus ensinamentos e nada nos é colocado sem que haja uma razão de ser. Se no primeiro grau simbólico a pedra bruta tem que ser desbastada, ela terá sempre como molde a pedra cúbica. Para que possa o Aprendiz galgar sua subida na escada de Jacó, ele sempre terá como modelo o Companheiro. Dá mesma forma, o Companheiro no polimento de sua pedra cúbica aprimorando-se em busca da perfeição maçônica, também o fará moldando-se no modelo da pedra polida, que por seu polimento reflete a sabedoria e conhecimentos do Mestre.

Daí a importância em reparar nas perfeições e porque não dizer nas imperfeições de outras pedras, pois até mesmo o errado nos é importante para que saibamos o que vem a ser o certo. A maçonaria é perfeita, mas o homem, este, está fadado à imperfeição, pois vive ainda em sua constante luta entre o espírito e a matéria.

Vemos também a necessidade de um aprendizado em conjunto nas palavras de Lev Vygotsky que particulariza o processo de ensino e aprendizagem na expressão “obuchenie” própria da língua russa, que coloca aquele que aprende e aquele que ensina numa relação interligada e diz ainda que “na ausência de outro, o homem não se constrói homem”. Pois se de uma forma devemos abrir nossos corações para o que nos ensinam, da mesma forma quem nos ensina deve saber tocar nossos corações.

A grande importância de nos reunirmos está em revigorar nossas forças para o solitário desbastar de nossas imperfeições, pois além do carinho, da fraternidade, do amor que nos une e nos fortalece, está também o exemplo que damos e que seguimos. Pois fica, assim, mais palpável para nós, tornarmos pessoas melhores, se estivermos ao lado de pessoas que consideramos e admiramos.

Jean Piaget, Emília Ferreira, Tânia Zagure, Paulo Freire, Rubens Alves, entre tantos outros pedagogos e pensadores são unânimes em reconhecer que aprendemos mais pelos exemplos que temos do que pelas palavras que nos falam, ou seja, a máxima – faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço – não funciona nem em nossa infância, quanto mais em nossa maturidade. E, sendo assim, não adianta dizer que por ser um trabalho solitário, tal trabalho não me dará responsabilidades para com as pedras a meu redor, não basta polir somente a minha pedra, tenho que também servir de exemplo para o polimento de outras a meu lado.

Todavia, inerente a tal afirmativa, o maçom está fadado a ser sempre um exemplo a ser seguido, um exemplo de moral, virtude, sabedoria, instrução, bondade, tolerância, ou seja, estará sempre sendo cobrado em sua luta eterna na construção de castelos a virtudes e masmorras ao vício. O Aprendiz vem a ser um exemplo de modelo ao profano, e terá o Companheiro como modelo, que por sua vez se espelhará nos Mestres, pois a Arte Real sabiamente dividiu os graus simbólicos em três da seguinte forma: no primeiro conheça a ti mesmo, vença suas paixões e submeta suas vontades; no segundo adquira conhecimento, através das ciências para que no terceiro já esteja pronto para ministrar os conhecimentos adquiridos e venha a formar novos Mestres.

Daí, a importância de nos reunirmos, tanto em loja, quanto fora dela em nossos momentos de ágape, para que na troca de experiências possamos nos aprimorar, e comungando, em fraternidade e harmonia, possamos revigorar nossas forças para a árdua caminhada em busca de conhecimento e sabedoria para nos tornarmos homens melhores, servindo de exemplo ao resto da humanidade.

Autor: Irmão Ivan Barbosa Teixeira
ARLS Vale do Itapemirim 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Sessão de 25/02

Mesmo com poucos Irmãos presentes na Sessão, a Egrégora de nossa Loja estava muito forte. Após a reunião pudemos conversar e aprender mais em um Ágape Fraternal!!!



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A Paciência no Desbaste da Pedra Bruta


Devemos nos descobrir e caminhar da direção da Luz sem preconceitos, ilusões, vaidades e com a mente clara e imparcial e, sobretudo, paciente pois há em cada ser humano uma ilimitada possibilidade de bem, de força e capacidade de desenvolver e manifestar as mais elevadas qualidades humanas.
A Paciência é o elemento fundamental para nossa jornada na busca da evolução. Esta evolução é uma meta que somente será atingida com perseverança, constância, sinceridade de propósitos e, muita, muita paciência.

Devemos, pois, Irmãos Aprendizes, desbastar a Pedra Bruta, que é a atual situação das nossas almas profanas para sermos instruídos nos mistérios da Ordem da Arte Real. Ela deve ser trabalhada com cuidado, com carinho e habilidade com o malho e o cinzel, para que chegue apresentar a forma de um paralelogramo. E este trabalho exige a virtude da paciência que por sua vez, está subordinada à fortaleza da alma, a retidão do caráter e ao controle dos vícios.

Esta paciência, consiste também, na capacidade constante de encarar as adversidades, tolerando seus amargores. É a resignação de um lado, e perseverança tranquila, do outro.

A paciência é, sem dúvida, uma forma de persistência. É uma qualidade que, de modo geral, não associamos à vontade, mas é parte de uma vontade plenamente desenvolvida em nossa mente e em nossa alma, refletindo seus raios pelo nosso corpo. A paciência, o tempo e a perseverança, com seus valores extremados, nos habilitam a realizar muitas coisas. Essa ideia, Irmãos, é semelhante aquela já dita por alguns filósofos, aos quais a visão hermética lhes possibilitava tais coisas: “O trabalho da Pedra Bruta é um trabalho de paciência, tendo em vista a duração do tempo, do labor e o capricho necessário para levá-la ao formato de um paralelogramo perfeito”.

Muitos abandonam este trabalho por cansaço e outros, desejando consegui-lo precipitadamente, nunca tiveram êxito.

Na verdade, como está explícito nas linhas acima, é um trabalho árduo e paciente e este é um dos objetivos mais importantes da nossa Ordem Maçônica, e, muito provavelmente, o principal. Os impacientes não conseguem realizar este trabalho. E, finalizando, fica no ar uma frase para pensarmos e refletirmos:

“A Paciência não é como uma flor que pode ser colhida. É como uma montanha, que passo a passo, deve ser escalada”.

Irm.'. Alfério Di Giaimo

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Sessão de Exaltação

Na segunda feira, dia 4 de fevereiro de 2013, realizamos na ARLS Luz e Fraternidade de Poços de Caldas uma reunião onde elevamos ao grau de Mestre Maçom, dois companheiros: Ricardo e Rubens. Anexamos algumas fotos desta reunião especial que contou com as brilhantes presenças de Hélio e Volnei.
















quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O Grande Mistério Maçônico

Tentam, os profanos, de todas as formas, desvendar os segredos maçônicos. Utilizam sistemas e normas de eliminação, culminando sempre com uma parafernália de conclusões confusas, absurdas.

Nossa simbologia, a vista dos curiosos, torna-se incompreensível. De forma esotérica buscam respostas, os leigos, porem não as encontram. Interpelam IIr.’. que na maioria das vezes se utilizam do silencio, norma quase sagrada de nossa Instituição. A partir disso é difundida a Maçonaria com seita satânica, intrusa Ordem que ataca as varias religiões, um Clube congregando homens a se ajudarem mutuamente. Tudo se fala, tudo se interpela e, na maioria das vezes, em tudo se falha quando esbarram na Verdade Final.

Tentemos pois, IIr.’., decifrar nos mesmo o que seria o nosso maior Mistério… Seria um mistério nos congregarmos e formar uma família universal? Poderia ser um mistério, nos igualarmos uns aos outros, independente, da casta social ou racial? Ou um mistério a nossa união em torno de um bem comum, não só para maçons, como também para profanos?

É um mistério nossa crença num ser Onipresente, Onisciente, Onipotente? É um mistério estendermos as mãos para os necessitados sem que ninguém visualize essa ação? Ou seria um mistério o despojar das vaidades com a busca incessante da Verdade?

Quantos mistérios, quantas interrogações… A Maçonaria, na essência, se reproduz por alegorias e símbolos. Na realidade terrena se apresenta fincada em ações e participações coletivas em prol da humanidade. Ela é justa com os justos, perfeita com os perfeitos, todavia não se descarta os ignorantes, os imperfeitos. Faz deles instrumentos para o seu desenvolvimento, estudando-os, auxiliando-os. Nossa confraria é uma Luz!

O ponto máximo da Maçonaria é o esclarecimento. Várias tentativas são feitas pela Ordem, desde os tempos mais remotos, com a finalidade de introduzir na Terra e seres humanos, o sentimento de aprendizado, disciplina e pesquisa. Nossa Confraria foi uma semente, tornou-se uma árvore e agora, apresenta seus frutos a todos os seres do Universo. Fruto do saber, com sabor de Verdade.
Qual seria então, na realidade, o nosso grande mistério? Estaria ele ligado às monumentais construções do passado? Poderia estar na língua dos filósofos do presente, e do passado? Estaría na força dos magos? Em páginas de livros?

Não! O Grande Mistério Maçônico está na simplicidade que se configura a palavra amor. O amor e respeito a tudo e a todos. Não creio na existência de um mistério maior que o amor… Reconhecemos a Ciência, se nela estiver contido um trabalho salutar. Aceitamos o esoterismo desde que, baseado na verdade. Reconhecemos todos os credos que tenham Deus por princípio, meio e fim.

Como uma Confraria pode se dirigir a tantos ideais e interesses, senão pela participação ativa junto à sociedade. Como uma Ordem, dita diabólica, procura no Universo o coração divino para o melhor entendimento das misérias humanas? Na realidade seria necessária a existência de algum mistério?

Não, pois não existe mistério algum, só o amor…

E o que é o amor?
  

Ir.'. Douglas Garcia Neto
Venerável Mestre
A.'.R.'.L.'.S.'. Madras GOSP/GOB

sábado, 9 de fevereiro de 2013

A Caminhada do Aprendiz


O tema do primeiro grau maçônico é a iniciação numa nova vida, ou seja, o nascimento do profano na Arte Real. Logo, o profano deve ser iniciado nos segredos maçônicos, o que significa criar, em si, por sua vontade e pelo seu espírito, um homem totalmente novo, melhor e capaz de se elevar espiritualmente, passando a agir segundo um novo ideal de vida.

A cerimônia de iniciação sugere um novo nascimento que objetiva levar o neófito a uma nova vida, para que ele aprenda que é preciso morrer para a vida profana, despojando-se de tudo que brilha enganosamente, do que traz proveitos fáceis, dos preconceitos, do orgulho e da vaidade. Neste grau, o maçom deve aprender a colocar em prática o primeiro dever do iniciado: trabalhar em si mesmo.

Bem como a calar, escutar, observar e meditar. Pois, na maçonaria operativa o aprendiz era o servidor dos mestres de obras, ele via e aprendia, e silenciosamente seguia as obras dos mestres, obedecendo-os e cuidando de seus materiais de trabalho.

Quando a Ordem maçônica tornou-se uma corporação regular o aprendiz devia submeter se ao perigo de provas físicas, que no atual Rito Escocês são em partes conservadas como um meio de exercitar a imaginação dos iniciados, para que eles sintam que os caminhos do saber são ásperos, íngremes e difíceis.

Atualmente, de acordo com os ensinamentos da maçonaria especulativa cabe ao aprendiz maçom o trabalho de desbastar a Pedra Bruta, isto é, desvencilhar-se dos defeitos e das paixões, para poder concorrer à construção moral da humanidade, o que é a verdadeira obra da maçonaria. Nosso ritual assim pontua: “Para que nos reunimos aqui? Para erigir Templos à virtude, e cavar masmorras ao vício.”

Assim, durante o interstício do grau de aprendiz os irmãos devem se dedicar a esses objetivos, ou seja, trilhar um caminho de observação e trabalho com o fito de obter o domínio de si próprio, com o único desejo de progredir na grande obra que empreendestes ao entrardes em nossa Ordem.

Para que, quando do término desse trabalho de aperfeiçoamento moral, simbolizado pelo desbastar da Pedra Bruta, tenha o aprendiz maçom conseguido pela fé e pelo esforço individual, transformá-la em Pedra Polida apta à construção do edifício social.

Nas palavras de Manly P. Hall, escritor maçom: “O aprendiz maçom precisa embelezar seu Templo. Ele precisa construir dentro dele, por suas ações, pelo poder de suas mãos e das ferramentas de seu ofício, certas qualidades que tornem possível sua iniciação nos graus mais elevados da Loja Espiritual.”
Assim, quando atingido esse objetivo comum, o aprendiz pode descansar o maço e o cinzel para empunhar outros utensílios e ter a consciência de que o início de seu trabalho de edificação do seu “eu interior” foi realizado. Tendo atingido esse ponto e feito o melhor que lhe foi possível, está em posição de ansiar que as forças que agem de forma misteriosa possam considerá-lo merecedor de avanças para o segundo grau no caminho do engrandecimento espiritual.

Fonte: Revista Universo Maçônico

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O Pelicano na Maçonaria


Pelicano é uma ave aquática, grande, palmípede de bico longo e chato, com largo “papo” abaixo da mandíbula inferior, com fácil regurgitar. Segundo Mestre Mackey, em sua Enciclopédia da Maçonaria, na antiga seita cristã, o Pelicano era considerado o símbolo do Salvador. Isso devido antiga lenda que relata que essa ave dilacerando o peito, derrama seu sangue para seus filhotes.

A Igreja fez dele um símbolo, no qual ele assemelhava-se ao Salvador, derramando seu sangue por Ela (Igreja) e pela humanidade. Por associação de idéias, a Maçonaria fez do Pelicano algo semelhante: simbolizou-o como sendo a Maçonaria que derrama seus conhecimentos para seus Obreiros.

Dessa interpretação teológica, segundo Mestre N. Aslan, os místicos aplicaram outro significado considerando o Pelicano como o símbolo do próprio sacrifício que, posteriormente, se reflete em boas ações, como bônus do realizado.

Não é de se estranhar, portanto, que a Maçonaria nos seus Altos Graus (REAA) tenha adotado o Pelicano como Símbolo para o Grau de Cavaleiro Rosa-Cruz, grau eminentemente cristão.

O Pelicano é sempre representado no momento em que abre suas entranhas para alimentar seus filhotes. Por isso, na ‘joia” dos Cavaleiros Templários, ele é visto embaixo da Rosa-Cruz e do Compasso, que apóia as suas pontas sobre o quarto de círculo que sustenta seu ninho (Alec Mellor).

É considerado, também, o Símbolo da Caridade e do amor Materno (N. Aslan). Muitas outras interpretações simbólicas foram realizadas, principalmente pela Igreja católica, fazendo comparações com Jesus Cristo, mostrando mais uma vez que o pensamento do ser humano é livre e não tem limites.

M.'.I.'.Alfério Di Giaimo Neto
CIM 196017

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Charges Maçônicas

A Formiga Maçônica 




Irm:. Fred Flintstone



Bob Espoja chegando a uma Sociedade Secreta...



Hitler e a Maçonaria







sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A Mística do Avental


O Avental é o típico símbolo do trabalhador. Desenvolvido inicialmente como elemento de proteção, logo se tornou um brasão de identificação da condição e da qualidade do obreiro. Quase todos os tipos de trabalhadores usam aventais, sendo o seu uso uma prática muito antiga, geratriz de uma simbologia cuja origem se perde na bruma dos tempos. 

Na maçonaria, o revestimento do iniciado maçom com o avental do grau significa a sua condição de obreiro e denuncia o seu grau hierárquico. Por isso, em cada grau da Loja simbólica o Irmão usa um avental de modo diferente, símbolo do grau ao qual ele está ascendendo. E essa prática ritualística continua pelos graus superiores, simbolizando em cada tipo de avental o  momento espiritual que o iniciado maçom está vivendo dentro da maçonaria.   
 
O avental branco do aprendiz simboliza o seu noviciado. É o estado de sua alma quando ele se inicia nos Mistérios maçônicos. Esvaziado do seu ego e purificado pelo ritual da iniciação, ele se apresenta "limpo e puro" na egrégora formada pelos Irmãos como se fosse uma “tabula rasa”, pronta para nela ser escrita os ensinamentos maçônicos. Assim também se apresentava o novato alquimista quando se iniciava nos trabalhos da Grande Obra, da mesma forma que nos canteiros de obras medievais, em que o tipo de avental usado denunciava a condição de iniciante do obreiro.

Os aventais nos quais o Irmão for revestido durante a sua progressão pela Escada de Jacó são os símbolos dessa escalada. Enquanto aprendiz e companheiro o avental é branco, liso, sem nenhuma ornamentação. A única diferença entre um e outro é o fato de o aprendiz usar o avental com a abeta levantada enquanto o companheiro baixa a abeta do seu avental. 

A abeta do avental maçom representa um triangulo isósceles, que nas suas três linhas simbolizam os três graus da Loja simbólica. Por isso é que, vencida a primeira etapa, o iniciado dobra a abeta do seu avental para dizer que ele já percorreu essa primeira linha, que é a do Aprendiz. A segunda linha é a do companheiro e a terceira é a do mestre. Mas quando o iniciado se torna mestre ele também atinge a plenitude dos graus simbólicos, e então o seu avental muda de conformação e nele se inscrevem as três rosáceas do maçom pleno, que representam a aquisição do perfeito equilíbrio, representado pelo triângulo completo. 

Há quem interprete as disposições do avental em Loja simbólica como uma representação das três etapas do aprendizado pelas quais o irmão deve passar: a etapa da pedra bruta, da pedra lavrada e da pedra angular. Essa interpretação, provavelmente tem sua origem nos graus distintivos da maçonaria operativa, onde os artesãos usavam aventais de diferentes cores e conformações para distinguir os diversos níveis profissionais existentes entre os profissionais da construção. É, portanto, uma interpretação que reclama uma base histórica e nada tem a ver com o esoterismo que se quer enxergar nessa distinção.

Com o passar dos tempos e com os acréscimos simbólicos que foram acrescentados á pratica maçônica, também os aventais foram adquirindo caracteres de verdadeiros brasões representativos de cada conjunto de ensinamentos que se queria transmitir em cada bloco. Assim é que nas Lojas de Perfeição e Capitulares os aventais foram desenhados para simbolizar as tradições que ali se cultivam, da mesma forma que nos graus filosóficos e administrativos, cada um deles teve a sua representação formulada nos motivos desenhados nos aventais. Assim eles se tornaram verdadeiros estandartes, onde o conjunto das tradições cultivadas pela Arte Real são traduzidas em símbolos e metáforas, ricas em conteúdo esotérico, filosófico e histórico. Assim é que nos aventais dos graus capitulares, por exemplo, encontraremos muitos motivos evocativos ao crime dos Jubelos, da mesma forma que nas Lojas de Perfeição a ênfase será dada aos motivos referentes à reconstrução de Jerusalém, ao simbolismo da Rosa-Cruz (grau 18) etc. E assim, sucessivamente, até o grau 33, cada bloco de ensinamentos refletindo nos aventais os seus motivos filosóficos.(...)

DO LIVRO LENDAS DA ARTE REAL-NO PRELO (Retirado da Internet)