sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A Participação do Maçom

Nas reuniões, resume-se a receber os maravilhosos fluídos, as sadias vibrações, o calor humano e as lições que são o saldo positivo de tudo.


Essa participação, contudo, será “passiva”, e, portanto, insuficiente; o Maçom precisa trazer consigo, de casa, uma parcela de contribuição; raros são os casos em que um Ir.’. traz um trabalho espontâneo, pois se sente proibido diante do Tempo de Estudos já programado e teme uma ingerência não solicitada. Esse comportamento traduz a falta de conhecimento do Ritual e das Leis Maçônicas, pois todo o Maçom, independente de seu grau tem o direito à palavra.

Cremos que a participação do Maçom deve ser ativa, presente, forte, pois será o “conjunto” dos Obreiros que formará a Egrégora. A pior posição, que é cômoda, é a do Obreiro que “exige” de seu Venerável Mestre uma programação que o deixe satisfeito. Isso não é “participação”, mas egoísmo. Somos da opinião que deveria haver nas lojas o “rodízio” dos cargos, obrigando assim todos a exercitarem uma tarefa em benefício comum. O trabalho de todos é o verdadeiro trabalho maçônico, pois uma construção de alvenaria exige a participação de todo o grupo convocado para tanto.

Ninguém pode desprezar a tarefa que não aparece como o alicerce que some no subsolo, como a parte que fica oculta sob o reboco. O conjunto arquitetônico merece, é verdade, os louvores do arquiteto ou do empreendedor; nós sabemos que a Humanidade é injusta e que premia somente aqueles que aparecem – e na Maçonaria, malgrado toda sua filosofia contrária a esse disparate, infelizmente, há ocorrências até costumes a respeito. Contudo, a Maçonaria não visa premiações, mas o término da obra. O Obreiro tem o direito de exigir de seu Venerável, por meio do Saco de Propostas e Informações uma programação que o satisfaça.

O Maçom que não dá a sua “participação” não tem o direito à crítica e muito menos à ausência. A Maçonaria não pune, mas isso não significa ausência de responsabilidade. Temos um fator muito importante, embora possa ser considerado arcaico e ultrapassado na conceituação moderna: o Juramento.


Não seria ele suficiente para comprometer o caráter do Maçom? A leviandade do “esquecimento” do Juramento certamente impõe ao Maçom a imputação de traição, pois se separado do Grupo o deixa enfraquecido. Medite o Maçom sobre essas considerações: amplie-as e adapte-as ao seu caso peculiar, e terá plena certeza de que a sua Loja, com a sua contribuição participativa, crescerá em todos os sentidos.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O VELHO NA MAÇONARIA.’.

Autor desconhecido.

“Outrora, a velhice era uma dignidade; hoje, ela é um peso.” François Chateaubriand
Quando fui iniciado, a vida para mim ganhou um novo sentido, pelas novas amizades e pelo ensinamento que recebia nas instruções de meus preceptores. A sessão maçônica era uma coisa extraordinariamente nova e reveladora. Sonhava em crescer na ordem e ser como aqueles irmãos mais antigos, pois via neles tanto conhecimento e amizade, meus sábios inspiradores.

Aqueles “velhinhos” eram a porta para meu ingresso no conhecimento e na filosofia da Arte Real.
Para mim, eles viviam num mundo de felicidade e que aquilo era uma herança, que levariam até os dias da velhice.

 Esse sentimento inundava o meu espírito de paz e esperança. Jamais poderia pensar que o caminhar dos anos trouxesse consigo mudanças tão importantes.

Parece que a juventude não conhece o segredo para a transmutação e quando a idade avança, somos pegos por uma realidade surpreendente, às vezes desalentadora. A ordem que servimos por décadas a fio, dispendendo os maiores esforços, nos abandonara na idade senil. Justamente quando estamos mais carentes e fragilizados.

Na América do Norte, os maçons idosos vão para o albergue da ordem onde vivem em paz e dignamente.
Toco nesse assunto, levando em conta casos de irmãos que vivem no mais completo abandono maçônico.
Vitimados por uma enfermidade não saem para lugar algum, aprisionados em suas casas.  
Essa realidade é bem diferente dos templos aconchegantes e das amplas festas e Copos D'Água que um dia frequentaram.

Aquela alegria barulhenta e os abraços fraternos deram lugar ao abandono, ao ostracismo involuntário e ao silêncio cósmico que arrasa seu moral.

Se tivessem a mão amiga de um irmão, poderiam ir à Loja, aos almoços e de novo serem felizes.

A maçonaria, pródiga em ajudar os velhinhos dos asilos profanos, vira a cara para seus próprios membros que nem sempre precisam de apoio pecuniário, apenas de uma visita.

A tentativa de levar irmãos à casa de um enfermo sempre resulta em fracasso, pois ninguém se interessa.

Os Veneráveis Mestres, esses, nunca vão.

O tempo corre célere e a vida escapa pelos dedos como o mercúrio.

Irmãos, ainda há tempo, embora curto, para amar o próximo, pois o Céu não pode esperar.

Pense nisso....

TFA.’.