Nas reuniões, resume-se a receber os maravilhosos
fluídos, as sadias vibrações, o calor humano e as lições que são o saldo
positivo de tudo.
Essa participação, contudo, será
“passiva”, e, portanto, insuficiente; o Maçom precisa trazer consigo, de casa,
uma parcela de contribuição; raros são os casos em que um Ir.’. traz um
trabalho espontâneo, pois se sente proibido diante do Tempo de Estudos já programado
e teme uma ingerência não solicitada. Esse comportamento traduz a falta de
conhecimento do Ritual e das Leis Maçônicas, pois todo o Maçom, independente de
seu grau tem o direito à palavra.
Cremos que a
participação do Maçom deve ser ativa, presente, forte, pois será o “conjunto”
dos Obreiros que formará a Egrégora. A pior posição, que é cômoda, é a do
Obreiro que “exige” de seu Venerável Mestre uma programação que o deixe
satisfeito. Isso não é “participação”, mas egoísmo. Somos da opinião que
deveria haver nas lojas o “rodízio” dos cargos, obrigando assim todos a
exercitarem uma tarefa em benefício comum. O trabalho de todos é o verdadeiro
trabalho maçônico, pois uma construção de alvenaria exige a participação de todo
o grupo convocado para tanto.
Ninguém pode
desprezar a tarefa que não aparece como o alicerce que some no subsolo, como a
parte que fica oculta sob o reboco. O conjunto arquitetônico merece, é verdade,
os louvores do arquiteto ou do empreendedor; nós sabemos que a Humanidade é
injusta e que premia somente aqueles que aparecem – e na Maçonaria, malgrado
toda sua filosofia contrária a esse disparate, infelizmente, há ocorrências até
costumes a respeito. Contudo, a Maçonaria não visa premiações, mas o término da
obra. O Obreiro tem o direito de exigir de seu Venerável, por meio do Saco de
Propostas e Informações uma programação que o satisfaça.
O Maçom que não
dá a sua “participação” não tem o direito à crítica e muito menos à ausência. A
Maçonaria não pune, mas isso não significa ausência de responsabilidade. Temos
um fator muito importante, embora possa ser considerado arcaico e ultrapassado
na conceituação moderna: o Juramento.
Não seria ele
suficiente para comprometer o caráter do Maçom? A leviandade do “esquecimento”
do Juramento certamente impõe ao Maçom a imputação de traição, pois se separado
do Grupo o deixa enfraquecido. Medite o Maçom sobre essas considerações:
amplie-as e adapte-as ao seu caso peculiar, e terá plena certeza de que a sua
Loja, com a sua contribuição participativa, crescerá em todos os sentidos.