sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Discussão Política e Religiosa

M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto

CIM 196017

As discussões políticas e religiosas já tinham sido proibidas, anteriormente, dentro das lojas pelos estatutos de Anderson. Essas discussões são também proibidas na Maçonaria contemporânea com o mesmo rigor.

Essa proibição se concretizou em 1723 na Constituição de Anderson, onde, no Capítulo referente a “Deus e Religião” ficou estabelecido que as opiniões religiosas seriam particulares e a Ordem (Craft) teria a Religião que todos os homens concordam.

Isto, obviamente, era baseado na política dessa nova Grande Loja (fusão de 04 Lojas, ocorrida em 1717, em Londres) para evitar discussões religiosas e políticas, sendo estas os principais motivos de discórdia e destruição da harmonia na época.

Devemos observar que os maçons já tinham conhecimento, naqueles tempos, dos perigos apresentados nas discussões sobre religião e política. A Grande Loja foi formada, em Londres, logo após a rebelião abortiva de James Stuart, o “Antigo Pretendente” (filho de James II). Opiniões políticas e religiosas eram conduzidas de modo duro e amargo, e a desunião entre os Whigs (Hanoverianos) e os Toris (Stuarts) era muito profunda. O primeiro grupo era, na maioria, Protestantes e o segundo grupo, Católicos Romanos.

Uma introdução de qualquer tendência na Política e/ou Religião na Francomaçonaria, naquele estágio, poderia ser desastrosa.

Além disso, a guilda de pedreiros tinha como princípio fundamental a Fraternidade – acima das divisões humanas, tendências políticas, filosóficas ou religiosas. Se optassem por uma das definições teológicas já existentes na época, estariam filiando a Maçonaria à instituição que emitira aquele conceito, e desse modo, afastariam todos aqueles que pensassem de maneira diferente; se propusessem uma nova concepção, estariam dando à Ordem os contornos de uma nova religião, e assim afastariam também os sinceros adeptos de todas as outras (Eleutério N. Conceição).

Os trabalhos no Tempo de Estudo, ou as Conferências, devem evitar esse assunto com cuidado e, por essa razão, o Venerável Mestre reserva-se o direito de proibi-las, se o assunto anunciado, sobre o qual deve estar informado, lhe parecer indesejável.

Até fora da Loja, essas discussões são proibidas, e admite-se que perguntar a um irmão quais são as suas opiniões políticas seja uma indiscrição. Aparentemente, nas Obediências irregulares, essa regra é violada de maneira permanente, e pode-se até dizer que as conferências “anti-religiosas’ constituem o essencial dos programas de certas lojas em que o velho anticlericalismo está longe de estar morto. (Alec Mellor – Dic. da Franco Maçonaria – pag. 105).


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Erros Ritualísticos

Irm.'. Carlos Brasílioo Conte 
Autor do Livro "A Doutrina Maçônica"

“Aquele dentre vós que nunca tenha errado, que atire a primeira pedra” Jesus, o Cristo.

Quem está habituado a frequentar teatro, ou espetáculos de dança, certamente já presenciou atores cometendo “gafes”, atrizes perdendo adereços ou bailarinas tropeçando nas próprias sapatilhas e…surpreendentemente… ninguém zomba, vaia ou critica.

O autor corrige a própria “gafe” com uma “tirada” espirituosa, a atriz continua o seu desempenho sem o adereço e a bailarina levanta-se e continua sua apresentação com dignidade e esmero. Após o término do espetáculo talvez leve uma “bronca” do diretor mas certamente receberá o abraço e o apoio fraternal de seus colegas e companheiros. E é só.

Essa tolerância do público, dos colegas e dos companheiros, que também se revela nos desfiles, shows e espetáculos circenses, muitas vezes inexiste no cerimonial maçônico.

 Já presenciei – e não poucas vezes – um Mestre de Cerimônias cometer erros (e quem não os comete?) que passariam desapercebidos ou que em nada alterariam a essência do Ritual e da Liturgia. Se não fosse a intervenção desastrosa de um irmão que, corrigindo-o acintosamente, causa um enorme mal-estar naqueles que, compenetrados na essência da sessão, sentem nessa atitude uma quebra de harmonia e de fraternidade.

Ponho-me então a imaginar se ele, o intolerante, age assim por perfeccionismo ou por uma necessidade egoísta de demonstrar aos demais o seu conhecimento, o seu domínio do cerimonial, a sua sabedoria; creiam-me: a resposta é quase sempre a segunda…infelizmente!

Pregamos a tolerância e a fraternidade, e é nesses momentos cruciais que teríamos a oportunidade de exercê-las efetivamente na prática. A “bronca”, ou a observação, podem ficar para o final da sessão quando, então, no copo d´água nos aproximaríamos do Irmão que errou e, delicadamente, lhe diríamos:

- Parabéns pela sua atuação, Irmão Mestre de Cerimônias. Seu desempenho foi muito bom, quase perfeito, exceto por aquele momento em que o irmão cometeu tal falta…”

Agir assim, não é muito mais bonito?


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Você me ajudou porque sou Maçom?

O carro de um vendedor que viajava pelo interior quebrou e conversando com um fazendeiro de um campo próximo eles descobrem que são Irmãos.

O vendedor está preocupado porque ele tem um compromisso importante na cidade local. "não se preocupe", diz o fazendeiro, "você pode usar meu carro". 

"Vou chamar um amigo e mandar consertar o carro enquanto você vai ao seu compromisso. " 

E lá foi o vendedor, e umas duas horas mais tarde ele voltou, mas infelizmente o carro precisava de uma peça que chegará somente no dia seguinte. 

"Sem problemas", diz o fazendeiro, "use meu telefone e reprograme seu primeiro compromisso de amanhã, fique conosco hoje, e providenciaremos para que seu carro esteja pronto logo cedo!" 

A esposa do fazendeiro preparou uma jantar maravilhoso e eles tomaram um pouco de malte puro em uma noite agradável. 

O vendedor dormiu profundamente e quando acordou, lá estava seu carro, consertado e pronto para ir. 

Após um excelente café da manhã, o vendedor agradeceu a ambos pela hospitalidade. 

Quando ele e o fazendeiro caminhavam para seu carro, ele se voltou e perguntou : "meu irmão, muito obrigado, mas preciso perguntar, você me ajudou porque sou Maçom?" 

"Não", foi a resposta,

"Eu ajudei você porque eu sou maçom." 

(Autor Desconhecido).

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

HUZZÉ!!!

Por Emanuel Júnior (ARLS Verdadeiros Amigos - SP)

Em torno desse vocábulo são apresentadas razões as mais absurdas. Como é ignorada a sua origem, Huzzé é apresentado como uma corruptela de Huzza, que seria a expressão de alegria e louvor usada pelos maçons ingleses traduzida por “viva”. Biblicamente, Huzzé era o nome de uma personagem. 

Sua origem é hebraica, embora em árabe seja pronunciada “HUZZA”, para os antigos árabes ‘HUZZA” era o nome dado a uma espécie de acácia consagrada ao Sol, como símbolo da imortalidade, e sua tradução significa força e vigor, palavras simbólicas que fazem parte da tríplice saudação feita na Cadeia de União: Saúde, Força e Vigor. Na Inglaterra a aclamação “HUZZÉ” tem a pronúncia UZEI, tomada do verbo TO HUZZA (aclamação) como sentido “viva o rei”.

Significado

No pequeno Vade-mécum Maçônico do Ir.’. Ech Lemos: “Houzé” – Grito de alegria dos maçons do rito escocês. No Dicionário de Maçonaria do Ir.’. Joaquim Gervasio de Figueiredo: Houzé – Grito de aclamação do maçom escocês.

No Dicionário Maçônico do Ir.’. Rizzardo da Camino, Huzzé é apresentado como uma corruptela de HUZZA, que seria a expressão de alegria e louvor usada pelos maçons ingleses traduzida por “viva”.
Biblicamente, HUZZÉ era o nome de uma personagem.

Deve-se pronunciar “HUZZÉ”, dando ênfase ao som da letra “H”, a qual exige um sopro mais forte, e “ZZÉ” como afirmação, como que solfejando um Dó bem longo e terminando em Fá, tendo a sensação de estar passando do escuro da noite para o alaranjado da manhã, da dúvida para a certeza, da angústia para serenidade.

Em maçonaria, HUZZÉ é uma exclamação, e como tal, deve ser clamada com um sopro forte, quase gritado, em dois sons, para que possa ser respeitada a harmonia musical do vocábulo, a fim de que se conserve todo efeito esotérico dessa saudação ao GADU.’., significando que Deus é sabedoria, força e beleza. HUZZÉ, HUZZÉ, HUZZÉ, ou seja, salve o GADU.’. , salve o GADU.’. , salve o GADU.’.

O valor do HUZZE está no som, a energia provocada elimina as vibrações negativas. Quando em Loja, surgirem discussões ásperas e o V.’.M.’. receiar-se que o ambiente posssa ser ‘perturbado” suspenderá os trabalhos, e comandará a expressão HUZZÉ, de forma tríplice, reiniciando os trabalhos, o ambiente será outro, ameno e harmônico.

Dentro de Loja, o V.’.M.’. comanda no início dos trabalhos a exclamação HUZZÉ, que deve ser pronunciada em uníssono. Essa exclamação prepara o ambiente espiritual, afastando os resquícios de vibrações negativas trazidas para dentro do templo pelos IIr.’.

Ao término dos trabalhos, é exclamado para “aliviar” as tensões surgidas. Toda liturgia maçônica compreende os aspectos místicos, físicos e psíquicos.

O HUZZÉ que provoca a expulsão do ar impuro, substituído pelo “Prana” que se forma no Templo, harmoniza o ambiente numa escala única, num nivel salutar, capacitando o maçom para receber em seu interior os benefícios da Loja.

Quando um maçom é solicitado à exclamação HUZZÉ, que o faça conscientemente para obter, assim, os resultados mágicos dessa manifestação física de seu organismo, portanto deve ser aprendida e ensinada, para que possas ser exercitada com Sabedoria, Força e Beleza.