Ninguém entra na Maçonaria pelo seu valor intelectual,
tampouco pela sua capacidade econômico-financeira ou pela posição social que
ocupa.
Também é procedimento comum
que, depois de o Irmão ser recebido maçom, e com maior razão, será tratado como
igual, independente das suas qualificações na vida profana. Essa é a regra!
Mesmo as investigações que se
fazem sobre o profano, as chamadas sindicâncias, equivalentes a uma devassa na
vida do candidato proposto, não o preparam para a iniciação maçônica, por outro
lado, essas apenas podem nos dar algumas informações sobre de quem se trata, o
seu grau de instrução, o comportamento na sociedade, a posição financeira e
profissional e alguns aspectos da sua moral comum.
Quem, verdadeiramente, abre a
porta dos Templos para os profanos, são Mestres Maçons, líderes em suas Lojas,
que o fazem, via de regra, intuitivamente, senão apenas baseados naquilo que
está revelado nas sindicâncias e nas informações que foram colhidas do
padrinho; quando então, avaliam se aquela alma tem predisposição para a prática
do bem e se possui em si, terreno fértil para a semeadura das virtudes
maçônicas.
Ora, isso demonstra que apenas
neófitos bem orientados pelos seus instrutores, desde que assimile todas as
lições simbólicas e a essência da filosofia maçônica; aquela que nos proclama a
prevalência do espírito sobre a matéria, sem conotações religiosas e o
aperfeiçoamento moral do ser e da humanidade, sem pretensões de escola noturna;
poderão vir a fortalecer as colunas de nossas Lojas.
Sendo assim, cabe à
Instituição como um todo e a cada um de seus Mestres, de forma particular,
exercitar todos os ensinamentos dos seus neófitos, de modo a igualar e
disciplinar – pelo nível, com também, impor a retidão dos seus conhecimentos –
pelo prumo, buscando no tempo de aprendizado regulamentar maçônico, o melhor
caminho para a formação dos verdadeiros Pedreiros Livres.
Pois, tão somente assim
poderemos construir um melhor futuro para a nossa Sublime Ordem, preparando
novos e mais comprometidos Irmãos que, realmente, possam vir a enriquecer as
nossas colunas: aqueles que sintam amor pelo Deus Altíssimo e pela Sua obra,
que então, deixem-se atrair pelos mistérios da vida e da morte, que buscam
conhecer ou apenas respeitar nossas milenares tradições iniciáticas e que sejam
capazes de aplicar, com dignidade o ensinamento superior, colhido na
extraordinária escola da alma, que é a Maçonaria.
Escrito pelo Ir.'. Eduardo Panda
Publicado na Revista Universo Maçônico
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