O
grande feito da Maçonaria, já nos séculos XVII e
XVIII, foi exportar o ideal revolucionário e republicano para toda
a América (do Norte e Latina). Foi a grande mudança de paradigma. Centros
geográficos como Olinda e Recife, Salvador, Tijuco (depois
Diamantina) e Vila Rica (depois Ouro Preto), até
mesmo em função da tremenda mudança de paradigma que foi a colonização das
Américas, já reuniam grande riqueza e grande número de imigrantes. Luxava-se
mais em Olinda e Vila Rica do que mesmo em Lisboa.
Como o ideal de Fraternidade é de natureza expansionista, as idéias de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, logo varriam todas as Américas. Em 1760, por exemplo, já não havia colônia americana que não fosse permeada pela Maçonaria.
A
primeira loja regular em Portugal data de 1727, embora se tenha notícias de
atividades maçônicas antes disso. Em 1744 o Sr.
Sebastião José de Carvalho e Melo, português, foi iniciado em Londres, durante
uma festa de São João. Esse cidadão
português mais tarde foi sagrado Conde de Oeiras e, depois, Marquês de Pombal.
Um outro centro irradiador de idéias e ideais, já desde 1620, era a Faculdade de Medicina, Ciências e Letras, da Universidade de Montpellier, na França; manteve ligações permanentes com figuras como Thomas Jefferson, Benjamin Franklin, John Adam, Domingos Vidal Barbosa, José Mariano Leal, Domingos José Martins, José Joaquim da Maia e José Álvares Maciel entre outros; no século 18, em Montpellier, havia mais do que 10 lojas maçônicas livremente fermentando idéias republicanas nos diferentes estudantes de todos os cantos do mundo.
Kurt
Prober, que sempre escrevia apoiado em sólida documentação, cita em sua
bibliografia (“Cadastro Geral das Lojas Maçônicas”) que a primeira
atividade maçônica brasileira que merece registro foi em 1724, na “Academia
Brasílica do Esquecidos”, onde foi iniciado o Padre Gonçalves Soares de França,
o Coronel (e historiador notável) Sebastião da Rocha Pitta, o Desembargador Caetano
de Britto e outros. Mais tarde todas as atas dessa
sociedade secreta foram queimadas.
O
argentino Alcebíades Lappa, em 1981, em tese internacional, usando um Livro de
Atas do Duque de Norfolk, em Londres, provou que o Ir.: Randolph Took foi
designado, já em 1735, como Grão-Mestre Provincial para a América do Sul ( o
que equivalia a dizer Brasil).
E
mais ainda, há uma carta do médico inglês Robert Young, em nome da Loja de São
João, de Buenos Aires, em 1741, dirigida à Loja de São João do Brasil, recomendando-lhe
o Ir.: Richard Lindsey que se encontrava no Brasil.
Há vestígios da existência, em 1750, de um grande Oriente Maçônico, em Salvador, vinculado ao grande Oriente da França, com fortes tendências liberais e republicanas. No Rio em 1752 foi criada a Associação Literária dos Seletos.
Há vestígios da existência, em 1750, de um grande Oriente Maçônico, em Salvador, vinculado ao grande Oriente da França, com fortes tendências liberais e republicanas. No Rio em 1752 foi criada a Associação Literária dos Seletos.
GOB
Criado
em 17 de junho de 1822, o Grande Oriente do Brasil - GOB, única potência
brasileira a deter o reconhecimento primordial, secular e definitivo da
Loja-Mãe da Inglaterra, inscrito entre as quatro ou cinco maiores
potências maçônicas do mundo, tem cadeira cativa e fortemente destacada na
história do país, tanto no período monárquico quanto no republicano. O século XVIII foi marcado pelo Iluminismo, o XIX pelas ideologias e o XX pela emergência e domínio das tecnociências.
Fonte: GOB
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