sexta-feira, 26 de julho de 2013

O SIMBOLISMO DA ROMÃ

Contribuição Irm.'. Fábio Zambrano (M.'.I.'. Luz e Fraternidade)

Fonte: Ir.'. José Roberto Trautwein - M.’.I.’. - Or.'. de Curitiba - PR - Publ. Rimmôn

O símbolo menos analisado na filosofia maçônica é, sem duvida, a romã.

Colocada sobre o capitel de cada coluna, sempre acima do olhar físico de cada OObr.’., ela passa despercebida e, por isso, mais ignorada, porque da muito trabalho olhar para cima e sondar os mais elevados ideais que a Maçonaria busca.

Nos trabalhos escritos da maioria dos autores maçônicos, vê-se muito sobre significados e interpretações dos símbolos que envolvem as colunas B e J. Não se tem dado muita atenção às romãs que, embora sustentadas pelas colunas, representam o que há de mais essencial em nossa instituição.

Senão, vejamos: “tomemos uma romã em nossas mãos” é uma fruta bastante diferente das demais e não foi por acaso que entrou como peça decorativa dos Templos Maçônicos.

A sua casca, dura e resistente, representa a Loja em si, o templo material que obriga os OObr.’. reunidos. As sementes representam os OObr.’..

Ora, como se sabe, uma semente não é exatamente igual à outra, em tamanho e formato, mas o paladar de todas é invariavelmente idêntico.

Daí já extrai uma lição valiosa: não importa, para quem saboreia a fruta, quais as sementes são pequenas e quais as grandes; importa isso sim, o paladar.

Na Loja, temos IIr.’. de menor porte na vida profana e outros, com maior gabarito social e econômico . Se a sabedoria do G.’.A.’.D.’.U.’. assim o quis, cabe nos lembrar que a mesma seiva que alimentou o pequeno grão, alimentou igualmente o maior.

Não obstante, as sementes pequenas e grandes estão unidas, todas compondo um único fruto, com um só objetivo: servir de alimento e fonte de prazer ao paladar.

O que, na romã, mantém as sementes unidas?

O bom observador da natureza maravilhosa, nota muito bem que é a pele interna, que tem a finalidade de manter unidas as sementes da romã. Essa pele, feita da mesma substancia carnuda e consistente da casca e do miolo, representa o selo, ou melhor, o sigilo maçônico.

Rompido esse selo, as sementes ficam expostas ao ataque de pragas, deteriorando-as e estas perdem assim sua finalidade.

Igualmente na Loja, todos os nossos assuntos carecem da proteção do sigilo, sob pena de, rompido este, a Loja, que é a romã, vir a sofrer sérias conseqüências como a perda da coesão, da união que deve reinar em nosso meio em prol o bem comum.

Diga-se de passagem, nosso juramento, representado pela seiva que alimenta as sementes (os OObr.’.) foi contraído sem o mínimo de coação moral e sem reserva mental ou equivoco.

Rompido esse juramento, a fruta definha, seca e, por fim, apodrece. Assim, o sigilo, representado pela pele que UNE e SELA as sementes, merece de nossa parte o máximo de cuidados.

A fruta, ao soar da primeira batida do malhete até a ultima, deve ser saboreada enquanto durem os trabalhos.

É responsabilidade do fruticultor, que representa o Venerável, zelar para que a árvore da Maçonaria venha a produzir frutos não afetados por pragas e doenças, zelando pela preservação não só da casca da fruta (o material), como também pela unidade garantida pelo sigilo, que é simbolizado pela pele interna da fruta.


sexta-feira, 19 de julho de 2013

O Analfabetismo Maçônico

Irm.'. José Valdeci de Souza Martins

O analfabetismo de ontem era o iletrado, não conhecedor do alfabeto, hoje analfabeto é aquele indivíduo que mesmo sabendo ler não consegue interpretar um texto, ou seja, não entende o que leu. 

O desígnio da Maçonaria é, em suma, o de tornar o homem maçom mais sábio e melhor, e consequentemente, mais feliz. A sabedoria é inútil a menos que se ponha em prática. Se você não estiver disposto a vivenciar a maçonaria, não procure conhecer os seus grandes mistérios. Esse conhecimento traz em si a responsabilidade do uso e da obediência: é impossível esquivar-se dessa responsabilidade.

Deveríamos, e poucos IIr.’. procuram, estudar, entender, compreender e interpretar melhor o significado real de algumas passagens dos textos primitivos da Maçonaria, anterior à instrução da primeira Grande Loja de Londres e a Constituição de Anderson.v

Dentro da instituição Maçônica, existem diversos segmentos a serem seguidos, tais como: a ação política maçônica; defesa dos interesses da comunidade; avaliação internamente dos problemas estruturais da sociedade, etc. Mas é de fundamental importância, procurarmos ler e interpretar nossos rituais bem como nosso riquíssimo simbolismo.

O maçom, dentro do seu campo de atuação, pode-se assim concluir, que ele está certo, mas há de nos conscientizarmos, ou seja, existem IIr.’. que, apesar da capacidade de ler, maçonicamente não possuem capacidade de interpretar ou entender o que foi lido.

A interpretação da nossa simbologia, que além de importante, é de inteira responsabilidade individual de cada um de nós; e é no processo dessa interpretação pessoal que se pode entender a sobrevivência da nossa Ordem Maçônica como um “mistério”.

Para que possamos, com o secreto que se reserva entre nós, o de conhecermos entre si em qualquer parte do mundo e a forma de interpretar símbolos e seus ensinamentos. Isso só se torna conhecimento desde quando fomos iniciados.

Na nossa instituição maçônica, ouvimos e falamos muito em filantropia, mas a verdadeira filantropia deve estender-se a todos os homens, indistintamente. Filantropia verdadeira é ajudar o semelhante a emergir de sua pobreza material, de seu analfabetismo, de sua ignorância, devolvendo-lhe o amor próprio e a responsabilidade social.

No seio da nossa instituição, por meio dos nossos ensinamentos e do próprio simbolismo, a sabedoria é um crescimento da alma, e a recompensa do trabalho e do esforço, que não pode ser adquirida se não pelo seu igual valor em sacrifício. Cada vez que você progride ao olhar para trás, perceberá ter passado pelo altar dos sacrifícios, algo que representa o trabalho de suas mãos e de seu coração, simbolizando que, por meio do trabalho, retribuirá aos seus IIr.’. e à humanidade os benefícios que recebeu gratuitamente.

Respeitando-se integralmente os Landmarks e os 33 mandamentos da Maçonaria e, considerando as faixas de ação da política maçônica, concluímos que devemos nos empenhar, como IIr.’. e instituição (Lojas), em defesa dos interesses maiores da comunidade. Isso significa fazermos política comunitária; discutir e avaliar internamente os problemas estruturais da sociedade em que vivemos, ajudar a encontrar soluções e colaborar em suas implementações. Acredito, e boa massa de IIr.’. também acreditam, que neste Brasil afora muitas Lojas vêm fazendo exatamente isso, seja nas áreas educacional, de assistência social, de saúde pública, de ecologia e tantas outras.

Para finalizar, é importante repassar e dizer que, talvez porventura, no século XVIII se justificasse o analfabetismo nos diversos segmentos. Então imperava o analfabetismo, muitas das ciências davam os primeiros passos, o Iluminismo era ainda recente… mas, nos dias atuais, que interesse e justificação têm pedir-se a homens cultos, muitos licenciados e doutorados que … estudam o homem e as ciências e as artes? Tudo isso são interrogações legítimas, preocupações compreensivas, hesitações evidentes. Mas por tudo isso é necessário passar, para se concluir a formação maçônica.


sexta-feira, 12 de julho de 2013

Quero ser Venerável!!!

Crônica de Millor Fernandes.

Contribuição do Irmão Gilmar Geraldo M.'.I.'. (Luz e Fraternidade)


Tô falando....não param de me perseguir! Estão sempre contra a minha pessoa. E ainda se dizem irmãos. O negócio é que a Loja estava um marasmo. "Tava um saco".

Aliás, por falar nisso, sempre preferi AMASSARMARIA à Maçonaria, vocês sabem. Só tem um negócio lá que atrai: O PODER!

Foi aí que resolvi: quero ser Venerável! Comecei a conversar com os caras, mas eles me vieram com um papo de que era cedo, que eu não tinha sido secretário...! Função subalterna, trabalha mais do que fala. Jamais! 

Não tenho tempo para isso... QUERO MESMO É SER VENERÁVEL! Mas tudo tem seu jeito. Os dias passaram, bati papo com uns e outros, fui enrolando. Fiz um leilãozinho de cargos.

Pouco trabalho e muita pose. As Vigilâncias vão para dois alérgicos ao trabalho. Nada de preparar Instruções. Se elas já estão escritas, quem quiser que leia, bolas.A oratória vai para um caso patológico de exibicionismo que precisa de platéia - vai ter sempre! E por ai continuei...

Quanto àquelas condições de elegibilidade, atropelei todas. Pra freqüência, atestado médico comprovando ‘Mal de Escroque’. Nada como uns livrinhos misticistas. Dou uma cheirada neles e viajo no esoterês...

Bons costumes? Não tem problema, eles ainda não me conhecem direito...

Capacidade administrativa? Bah, administração é coisa para jogar em cima do secretário. Meu negócio é bater malhete e usar paramento. O resto, eu leio e só assino.

Mas tem uma turminha que se acha dona da Loja só porque não falta, arruma e desarruma o Templo, chega cedo, comparece no Tronco ou na obra de amor e outras besteiras dessas. Eles resolveram lançar um candidato deles. Mesmo que ele não tenha chance, não custa pichar um pouco.

Como dizia meu guru, "da calúnia sempre fica alguma coisa..." Fui armando nos bastidores, fazendo cabalas com minha grande capacidade de persuasão... Vocês sabem, ele é muito jovem, não presta para mandar...

Comprei presentinhos, fiz longos discursos e botei algumas notas no Tronco (pô que desperdício). Prometi, bajulei e menti. Beijei criancinhas, abracei sogras, fui a batizado e enterro. Enfim, tornei-me o candidato ideal.

O outro boboca, coitado, nem fez campanha. Apresentou um tal plano de trabalho que fazia jus ao nome, só falava de trabalho. Argh! Ninguém deve ter gostado.

Chegou o grande dia da eleição, eu lá tranqüilo, já até pensando na reeleição. Aliás preciso até ver quantas vezes é permitido, de repente, dá até para mudar o regulamento... Por falar nisso, será que venerável é como comprar toca-fitas: instalação é de graça? Não importa. Se não for, ponho na conta da Loja, junto com as dos paramentos, que já mandei fazer, bordados a ouro.

Enfim, o grande momento. Começa a apuração.

Há Unanimidade, estão dizendo. É a glória. Eu mereço...O quê...? Ganhou o outro? Não absurdo! É roubo! E o meu voto e os compars..., quero dizer, correligionários? Heim...? Não tínhamos freqüência? Vocês não me merecem.

Vou fundar uma outra Loja, para ser Venerável.

Vocês ainda vão ver a ‘VIGARICE & PICARETAGEM’ em funcionamento ainda este ano. Quero meu Quit Placet! O quê? Tem de pagar? Deixa pra lá então!


TFA


Ir.·. Millôr Fernandes (?)


sexta-feira, 5 de julho de 2013

OS INCONFIDENTES E A MAÇONARIA

Contribuição do Irm.'. José Carlos Barsani Mendonça (Luz e Fraternidade)

Na metade do século XVIII, vários acontecimentos estavam modificando o mundo. Em 1776 os Estados Unidos da América, após muitas lutas, libertou-se da dominação Inglesa e realiza a sua independência.  Em 1789 na França a população acabou com o privilégio do rei e dos nobres, este movimento ficou conhecido como a Revolução Francesa, cujo lema era Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Na Inglaterra acontecia a Revolução Industrial, surgiam as máquinas, as fábricas e a energia a vapor.

Portugal era um país pobre, com muitas dívidas, mas possuía uma colônia , o Brasil. Grande parte do ouro brasileiro ia para a Inglaterra, como o ouro estava acabando, o rei resolveu explorar mais ainda a região das minas. Tomou várias medidas que aumentaram a revolta da população, proibiu instalações de engenho, fechou fábricas de tecidos para que os negros trabalharem nas minas e proibiu o uso das estradas do interior para o litoral para evitar o contrabando.

Determinou que os impostos atrasados do quinto do ouro não poderia ser inferior a 1.500 kg de ouro por ano – a temida derrama- os soldados invadiam as propriedades as casas e pegavam tudo que  tinha valor.

Mineradores, poetas, escritores, coronéis, padres e outros populares se uniram para se rebelar no dia da derrama. Entre eles Joaquim José da Silva Xavier que era um dos participantes mais destacados do movimento. Viajava constantemente pela região na tentativa de conquistar mais adeptos para a causa que defendia

Jovens brasileiros que estudaram  na Europa sobretudo na universidade de Montpellier e Paris , regressavam empolgados pela maçonaria na Europa no sentido de assegurar os direitos que dignificam o homem, alguns desses jovens iniciado no Rito Francês foram Domingos Vidal Barbosa, José Joaquim de Maia e  José Alvares Maciel. Esses jovens iniciaram a maçonaria no Brasil.

José Álvares Maciel uniu-se aos conjurados entre eles Tiradentes, Cláudio Manoel da Costa, Thomaz Antonio Gonzaga , Inácio José de Alvarenga Peixoto, Domingos Abreu Vieira, Francisco Antônio de Oliveira Lopes, Luís Vaz de Toledo Piza, Francisco de Paula Freire de Andrade ,Salvador Carvalho do Amaral Gurgel, José Resende Costa, José Resende Costa Filho, Domingos Vidal Barbosa, Vicente Vieira da Mota, José Aires Gomes, João da Costa Rodrigues, Antonio de Oliveira Lopes,Victorino Gonçalves Veloso, João Dias Motta, Francisco José de Melo , Manoel da Costa Capanema , Faustino Soares de Araújo, José da Silva de Oliveira Rolim, Manuel Joaquim de Sá Pinto do Rego Fortes, Fernando José Ribeiro, José  Martins Borges

No livro a maçonaria e a inconfidência mineira de Arci Tenório D`Albuquerque afirma que a maior parte dos inconfidentes eram  maçons.

Vários historiadores maçons não aceitam os inconfidentes como maçons. Um fato histórico sem documento que comprove sua veracidade deixa de ser um fato para ser uma possibilidade ou, o que é uma invencionice que  de histórica não tem nada. Não se faz historia por ouvir dizer ou imaginando fatos. A 1º Loja Simbólica regular foi instalada em 1.801 cujo nome era Reunião, filiada ao Oriente da França. Alegam que nos autos da devassa que ocorreu na inconfidência mineira não consta em nenhum momento a presença da maçonaria. Não acharam nenhum livro ou ata que constassem que eles fossem maçons. Entre esses historiadores estão José Castellani, Raimundo Rodrigues, Frederico Guilherme Costa e outros. José Castellani escreveu o livro A Conjugação Mineira e a maçonaria que não houve.

No livro psicografado por Marilusa Moreira Vasconcelos , pelo espírito de Tomás Antonio Gonzaga, cujo título é Confidencias de um Inconfidente, narra-se a Inconfidência Mineira e que a maior parte dos inconfidentes eram maçons e que Tiradentes e Aleijadinho eram veneráveis. Como o livro foi psicografado os historiadores não podem aceitar isto como uma verdadeira prova. Mas caminhando pelos caminhos de Ouro Preto, na igreja, no museu e em Congonhas do Campo deparamos com várias obras de Aleijadinho com sinais maçônicos. Fomos até a Loja Maçônica que eles frequentavam, as cores são branca e azul. Situa-se num ponto alto e estratégico.  

No livro de Marilei Moreira Vasconcelos, cujo titulo é Aleijadinho Iconografia Maçônica, ela prova participação do Aleijadinho na Maçonaria. Eis alguns intens.:

*A  igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto, tem o formato semi- circular simbolizando a abóboda celeste, o cosmo.
*A fachada é suportada por duas colunas (templo de Salomão , J e B).
 *A cruz em cima da igreja tem dois braços  ladeadas por duas romãs.
 *A cruz com dois braços lembra uma espada embainhada.
*As duas torres arredondadas lembram o chapéu mitraíco, usado pelo venerável.
*No alto da coluna há dois canhões onde pelos parece escorrer  água e mais dois canhões atrás formando uma cruz, formando os pontos cardeais.
*O canhão é o nome que se designa a taça ou o copo no banquete maçônico.
*A imagem de Nossa Senhora é circundada de 12 estrelas de 5 pontas e a lua crescente.
* Do lado esquerdo está o Pai eterno segurando com a mão esquerda o globo celeste e atrás de sua cabeça um triângulo vazado.
*Na abóbada um Anjo de asas abertas cercado por grupos de três anjinhos, formando um triângulo  num total de doze anjos.
* No lavabo no alto duas figuras de anjos de corpo inteiro virado para frente do observador , um segura a ampulheta e o outro a caveira.
* A baixo da figura de um anjo a um homem vendado.
* Os anjos de corpo inteiro em número de cinco forma pelas suas posições dois triângulos sendo o de cima com o vértice para baixo e o de baixo com o vértice para cima.
*  No forro o mestre Ataíde gravou o hinário maçônico.
* Na porta da Igreja de São Miguel das Almas , na parte superior assenta um nicho com São Miguel ele esta com os pés em ângulo de 90º graus.

Em Congonhas encontra-se as Capelas dos Passos.

  • São sete capelas, para ir de uma capela a outra seguindo a ordem exata , tem que caminhar em um zique zaque gigante idêntico o andar do mestre maçom.
  • São sessenta e seis figuras. Trinta e três de cada lado.
  • Jesus na capela do horto , esta com o  ombro direito desnudo , braço em ângulo de 90º .
  • Ataíde utiliza as cores vermelha , azul e branca , nas pinturas
  •  Na prisão , a figura de Jesus e de Pedro os pés descalços em posição a formar o ângulo de 90º
  • Com a cruz nas costa Jesus tem os pés em ângulo de 90º
  • Na crucificação, uma mulher está de joelhos seu pé direito e seu braço direito estão desnudos , o braço esquerdo está vestido e seu pé esquerdo calçado com uma bota.
  • Na igreja do Bom Jesus de Matozinho, o chão do adro, todo de pedra um gigantesco mosaico como da Loja.
  • Nessa igreja não pode filmar nem tirar fotos, vimos nas pinturas do mestre Ataíde , sinais de companheiro, pés em ângulo reto , o delta , etc.
  • Na frente da igreja estão os profetas, retratados com a fisionomia dos inconfidentes.
1- Isais – Joaquim José da Silva Xavier ( Tiradentes)
2 - Jeremias – Cláudio Manoel da Costa
3 - Baruc – Thomaz Antonio Gonsaga
4 - Ezequiel – Inácio  José de Alvarenga Peixoto
5 - Daniel – José Álvares Maciel
6 - Joel – Salvador Carvalho do Amaral Gurgel
7 - Jonas – Manoel Joaquim de Sá Pinto do  Rego  Forte
8 -  Amos –  Antonio Francisco Lisboa ( Aleijadinho)
9 -  Naum – Domingos Abreu Vieira
10 - Abdias – Francisco de Paula Freire
11 – Habacuc – Antonio Oliveira Lopes
12 - Oseias  - Domingos Vidal Barbosa

As duas primeiras estátuas Isaias ( Tiradentes) e Jeremias ( Cláudio Manoel da Costa) são diferentes das demais, pois representam  as duas colunas J e B. Os dois conjurados mortos no movimento inconfidente.
  • A posição de Ezequiel é o sinal da ordem. Mão direita ao nível da garganta, onde o braço quase na horizontal , o polegar esticado formação de um esquadro. O movimento é feito rapidamente. Sua cabeça está voltada pra o lado oposto da mão erguida , e o pescoço esticado , pronto para o movimento da mão sobre ele.
  • Oséias , calça botas , seus pés estão em posição de 90º , na mão direita traz uma pena , que repousa sobre o manto.
  • Daniel personagem figurado pelo orador , nas oficinas do grau 15º do Rito Escocês  em alusão ao profeta Rebeu.
  • Joel os pés estão em ângulo 90º.
  • Os desenhos nas túnicas e mantos dos profetas aparecem folhas de acácias , algumas letras como o M e o G .
Sabendo que o Aleijadinho fez vários trabalhos em outras cidades mineiras como  São João Del Rei , Mariana , Sabará etc. Talvez encontre em suas obras , símbolos maçônicos.

A finalidade desse trabalho foi para conhecer sobre a inconfidência mineira e a participação da maçonaria.

Para isso li os livros a vida de Aleijadinho, Tiradentes, confidencias de um inconfidente, Aleijadinho icnografia maçônica, de Mario a Tiradentes, A maçonaria e a Inconfidência Mineira e  Joaquina a filha de Tiradentes. Nesse livro o autor narra  que o escravo de Tiradentes,  levava dinheiro para a mãe de Joaquina a pedido de um fazendeiro, acredita-se que esse dinheiro seria uma ajuda dos irmãos da maçonaria.
Sabendo que a primeira Loja maçônica regular foi instalada em 1801, e que a inconfidência mineira se deu em 1.789, talvez por isso os inconfidentes não foram reconhecidos por estes historiadores.