Contribuição Irm.'. Fábio Zambrano (M.'.I.'. Luz e Fraternidade)
Fonte: Ir.'. José Roberto Trautwein - M.’.I.’. - Or.'. de Curitiba - PR - Publ. Rimmôn
O símbolo menos
analisado na filosofia maçônica é, sem duvida, a romã.
Colocada sobre o
capitel de cada coluna, sempre acima do olhar físico de cada OObr.’., ela passa
despercebida e, por isso, mais ignorada, porque da muito trabalho olhar para
cima e sondar os mais elevados ideais que a Maçonaria busca.
Nos trabalhos escritos
da maioria dos autores maçônicos, vê-se muito sobre significados e
interpretações dos símbolos que envolvem as colunas B e J. Não se tem dado muita
atenção às romãs que, embora sustentadas pelas colunas, representam o que há de
mais essencial em nossa instituição.
Senão, vejamos:
“tomemos uma romã em nossas mãos” é uma fruta bastante diferente das demais e
não foi por acaso que entrou como peça decorativa dos Templos Maçônicos.
A sua casca, dura e
resistente, representa a Loja em si, o templo material que obriga os OObr.’.
reunidos. As sementes representam os OObr.’..
Ora, como se sabe, uma
semente não é exatamente igual à outra, em tamanho e formato, mas o paladar de
todas é invariavelmente idêntico.
Daí já extrai uma
lição valiosa: não importa, para quem saboreia a fruta, quais as sementes são
pequenas e quais as grandes; importa isso sim, o paladar.
Na Loja, temos IIr.’.
de menor porte na vida profana e outros, com maior gabarito social e econômico
. Se a sabedoria do G.’.A.’.D.’.U.’. assim o quis, cabe nos lembrar que a mesma
seiva que alimentou o pequeno grão, alimentou igualmente o maior.
Não obstante, as
sementes pequenas e grandes estão unidas, todas compondo um único fruto, com um
só objetivo: servir de alimento e fonte de prazer ao paladar.
O que, na romã, mantém
as sementes unidas?
O bom observador da
natureza maravilhosa, nota muito bem que é a pele interna, que tem a finalidade
de manter unidas as sementes da romã. Essa pele, feita da mesma substancia
carnuda e consistente da casca e do miolo, representa o selo, ou melhor, o
sigilo maçônico.
Rompido esse selo, as
sementes ficam expostas ao ataque de pragas, deteriorando-as e estas perdem
assim sua finalidade.
Igualmente na Loja,
todos os nossos assuntos carecem da proteção do sigilo, sob pena de, rompido
este, a Loja, que é a romã, vir a sofrer sérias conseqüências como a perda da
coesão, da união que deve reinar em nosso meio em prol o bem comum.
Diga-se de passagem,
nosso juramento, representado pela seiva que alimenta as sementes (os OObr.’.) foi
contraído sem o mínimo de coação moral e sem reserva mental ou equivoco.
Rompido esse
juramento, a fruta definha, seca e, por fim, apodrece. Assim, o sigilo,
representado pela pele que UNE e SELA as sementes, merece de nossa parte o
máximo de cuidados.
A fruta, ao soar da
primeira batida do malhete até a ultima, deve ser saboreada enquanto durem os
trabalhos.
É responsabilidade do
fruticultor, que representa o Venerável, zelar para que a árvore da Maçonaria
venha a produzir frutos não afetados por pragas e doenças, zelando pela
preservação não só da casca da fruta (o material), como também pela unidade
garantida pelo sigilo, que é simbolizado pela pele interna da fruta.
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