terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Passagem de ano...

Texto do Irm.'. Luiz Nicacio (Luz e Fraternidade)

A magia de que de um dia para o outro tudo inicia novamente, tudo novo, com todas as oportunidades novamente a nossa frente.

Chegado então a hora de despedirmos de 2013, ano em que tive muito mais a agradecer do que a pedir, Deus nos proveu de saúde, nos deu o trabalho e a oportunidade de realizar alguns sonhos....talvez não todos, mas alguns já é o suficiente não é mesmo ? 

Hora de limpar o nosso " HD " , jogar fora tudo o que não nos serve mais, aquilo que não agregou, que não contribuiu para nosso crescimento pessoal, profissional e espiritual deve ser jogado fora nessa hora, e iniciar o próximo ano "zerado" apenas com coisas boas e positivas que poderemos ter pela frente.

Não conseguiu ? Tente de novo ! Errou ? Tente de novo ! Chorou? Chore de novo ! Sorriu ? Sorria de novo! Mas principalmente agradeça a Deus por cada segundo de sua vida, e lembre-se que você, só você, pode realizar seus sonhos nesse próximo e outros anos, e se alguém puder estragar isso saiba sempre que esse alguém é você mesmo.

Nunca esqueça dessas palavrinhas: " PERSEVERANÇA " , sem ela tudo fica difícil, nunca desista, " AMOR", sem ele nada perdura, "FRATERNIDADE", olhe sempre ao seu lado, afinal sempre pode ter alguém precisando de você.

Hoje agradeço a cada uma das pessoas que estiveram presente em minha vida, que possamos continuar a caminhar juntos, sonhar juntos e conquistar juntos por muito tempo ainda.

Desculpe-me se em algum momento não dei a mão necessária, não enxerguei, não pude ajuda-los , mas saibam que sempre estarão em meus pensamentos e orações e procuro a cada momento melhorar minha visão de mundo, de ser humano, procurando enxergar mais o que ocorre ao meu lado.

SAÚDE, é o maior bem que quero desejar a vocês, que tenhamos todos muita saúde para suportar os nossos desafios e conquistar nossos objetivos nessa vida.

Que todos possam ser muito FELIZ , e que a felicidade transborde na vida de todos os que me cercam.


E que venha 2014


Sucesso a todos...........

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

domingo, 1 de dezembro de 2013

Confraternização da Loja

A ARLS Luz e Fraternidade realizou neste domingo (01/12) um almoço de confraternização entre Irmãos e familiares. O clima de fraternidade foi animado com a presença do "bom velhinho". O Papai Noel presenteou as crianças com guloseimas e as cunhadas com um lindo presente. 
Nesta oportunidade damos Graças ao G.'.A.'.D.'.U.'. por nos proporcionar momentos como este. Agradecemos o ano que passamos juntos e pedimos um 2014 repleto de  Saúde, Força e União.
Assim Seja!


Todos os presentes com o Papai Noel




IIrm.'. presentes



Nosso Venerável José Lauro presenteando as cunhadas




















sábado, 30 de novembro de 2013

A BALAUSTRADA

Irm.'. Kennyo Ismail

Muitos irmãos já divagaram sobre a origem e o simbolismo da balaustrada, também chamada em alguns rituais de “grade da razão”. A imaginação chega a tanto que há quem defenda que a balaustrada é uma espécie de portal pelo qual o maçom, ao atravessar, sai do mundo do si mesmo e conquista o terreno dos sonhos, do inconsciente, da espiritualidade, dos mistérios e da magia. Deve ser por isso que de vez em quando nos deparamos com irmãos dormindo no Oriente! Mas voltemos à vida real.

A balaustrada é formada por uma sequência de balaústres que suspendem um corrimão. Suas primeiras aparições foram encontradas no que se sabe sobre os templos assírios. Balaustradas não estão presentes nas construções gregas e romanas, mas reapareceram a partir do Século XV, inicialmente em palácios de Veneza e Verona, provavelmente influência da cultura árabe, por conta da dominação muçulmana na península ibérica. Seu uso mais amplo na Europa teve início no século seguinte, sendo adotado por artistas como Michelangelo. No século XVI, balaustradas foram largamente utilizadas na construção de basílicas e catedrais e, a partir daí, ganhou espaço na ornamentação de igrejas, servindo como delimitador entre a nave (ocidente) e o presbitério (oriente), num nível mais elevado. É junto da balaustrada que os fiéis recebem a comunhão.

Para compreendermos a razão da presença da balaustrada nos templos maçônicos dos ritos de origem francesa e seus derivados (Escocês, Adonhiramita, Moderno, Brasileiro), precisamos, inicialmente, realizar algumas considerações pertinentes sobre “templos” maçônicos.

Como é do conhecimento de todo maçom, a Maçonaria não surgiu em templos. As primeiras Lojas que se tem notícia não se reuniam em locais sagrados, mas sim em aposentos nos fundos ou em cima de tavernas, botecos, hotéis, canteiros de obras, etc. Enfim, locais não muito “sagrados”, bem distintos dos “templos” maçônicos que se tem hoje por aí, nos quais alguns maçons conservadores não deixam nem mesmo um(a) profano(a) realizar a limpeza, por risco de profanar o solo maçônico sagrado, colocando os Aprendizes para exercerem a tarefa da limpeza.

Foi por volta da década de 60 do Século XVIII que surgiram os primeiros imóveis construídos com objetivo exclusivo de funcionamento de Lojas Maçônicas, ainda na Inglaterra. A iniciativa de tal movimento é creditada aos líderes maçons William Preston, James Heseltine e Thomas Dunckerley. Mas esses imóveis não foram chamados de Templos, nem passaram por cerimônias de sagração. Aliás, até hoje não são chamados de Templos e não são sagrados, porque mantém o significado original dos locais de reuniões dos maçons. São conhecidos por Lodge Room (Sala da Loja). Em outras palavras, são apenas aposentos de reuniões maçônicas, assim como eram quando em tavernas, por exemplo. A diferença é que, com as construções próprias, o local fica mais bem guardado dos não maçons e não precisa ser preparado e desmanchado a cada reunião.

Na mesma década, movimento similar teve início na Maçonaria francesa. Aparentemente, o primeiro local construído para uso exclusivamente maçônico na França foi em Marselha, a cidade mais antiga daquele país, em 1765. A diferença entre o movimento de construções maçônicas na Inglaterra e EUA para a França no Século XVIII foi a de que a França é um país predominantemente católico e a influência religiosa teve papel fundamental na concepção e ornamentação das construções.

A influência católica na Maçonaria francesa pode ser observada, por exemplo, no uso da nomenclatura “templo” e seu processo de inauguração. Baseado na Igreja, o local de reuniões maçônicas passou a ser considerado um templo, necessitando, portanto, de passar por uma sagração, costume esse comum à Igreja Católica Apostólica Romana, mas inexistente em muitas outras igrejas. Reforçando, não se trata de uma prática originalmente maçônica, mas sim religiosa.

Tal influência também é explícita na arquitetura da Loja. Tradicionalmente, as portas que dão acesso à Sala da Loja (templo) devem ser angulares, pois uma entrada reta (no eixo da Loja, de frente ao Oriente) “não é maçônica e não pode ser tolerada”. Assim é nas Lojas inglesas e norte-americanas, por exemplo. Porém, a Maçonaria francesa adotou uma porta central, assim como nas igrejas. Outra característica é quanto ao piso da Loja, originalmente com o Oriente e o Ocidente no mesmo nível, tendo apenas as estações do Venerável, 1º e 2º Vigilantes contendo degraus. Entretanto, a Maçonaria francesa, também copiando a arquitetura de igrejas, adotou oriente mais elevado, com balaustradas delimitando.

Outras influências católicas menos perceptíveis são evidenciadas no uso de incenso, ao denominar o posto do Venerável Mestre de “altar”, na presença do “mar de bronze” para purificação, entre outras. E a partir da presença física de tais influências em Loja, iniciou-se o “brainstorming” permanente dos ritualistas, um exercício eterno de imaginação para conferir interpretações aos mesmos.


sábado, 23 de novembro de 2013

A TRI-PONTUAÇÃO MAÇÔNICA

O triponto, muito utilizado pelos Maçons em suas assinaturas, além de servir para identificar um Irmão, possui um profundo simbolismo oculto, alquímico e espiritual.


Representa também os três graus simbólicos da Maçonaria (Aprendiz, Companheiro e Mestre), as Três Luzes (o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso) e as Três Colunas. Essas Colunas, estilizadas graficamente pelos pontos, são atribuídas a determinados cargos na Loja maçônica: Coluna Jônica (Venerável Mestre), Coluna Dórica (Primeiro Vigilante) e Coluna Coríntia (Segundo Vigilante). Como Ordens de Arquitetura legadas pelos antigos gregos, simbolizam ainda a Sabedoria, a Força e a Beleza, respectivamente.

Na Cabala Hermética e Tifoniana, esses três pontos representam o triângulo superior da Árvore da Vida e da Morte, formado pelas três Sephiroth/Qliphoth, ou esferas (pontos), chamadas Kether/Thaumiel, Chokmah/Ghogiel e Binah/Satariel. Sinteticamente, pode-se dizer que Kether (Coroa) é a força neutra potencial, e seu lado sombrio, Thaumiel, expressa as “Forças Combatentes” que causam confusão, conflito e desagregação psicomental; Chokmah (Sabedoria) é a força positiva, ativa, em ação e seu aspecto sinistro, Ghogiel, é o “Estorvador” que impede a aquisição da sabedoria àqueles que permanecem estagnados em suas limitações e confusões psicomentais; Binah (Compreensão) é a força negativa, passiva, gestadora, da Criação e seu lado obscuro, Satariel, é o “Ocultador” que oculta e obscurece a consciência e vela o acesso à compreensão para aqueles que não possuem as chaves, ou seja, que não evoluíram o suficiente.

O triângulo é a forma geométrica primitiva cujo simbolismo sintetiza o mundo superior, o plano da Criação, pois envolve três forças primárias que são a origem de Tudo em seu ciclo infinito de criação, preservação e destruição no tempo contínuo (passado, presente e futuro). Isso pode ser ilustrado por diversos símbolos, de diversas culturas e religiões ao redor do mundo.

Como outros exemplos, podemos citar: a Trimurti hindu, composta pelos deuses Brahma (Criação), Vishnu (Preservação) e Shiva (Destruição); o Tridente de Shiva; o Tridente de Netuno; o Caduceu de Mercúrio com duas serpentes e um bastão; as três Nornas, deusas escandinavas do Destino (Moiras gregas; Parcas romanas), etc.

Na música, os três pontos representam a tríade ou tricorde, as três notas do acorde considerado perfeito. Esse acorde primordial e básico, de três notas, é formado por intervalos de terças (tríades), por exemplo: tônica (nota dó, primeira), mais a terça (nota mi, terceira da nota dó), mais a quinta (nota sol, terceira da nota mi).

Esotericamente, o acorde perfeito, formado pela tríade, simboliza a Criação incipiente, prestes a desdobrar-se infinitamente no Universo, como os muitos acordes e escalas musicais existentes para expressar os muitos aspectos do espírito humano.

Os três pontos e o triângulo simbolizam também o Enxofre, o Mercúrio e o Sal, os três principais elementos alquímicos. O Enxofre é o fogo luminoso, o verdadeiro ser espiritual autoconsciente, o Eu Superior individual, o Fogo de Prometeus, o Fogo do Dragão e a Tocha de Baphomet (o “batismo de sabedoria”, união dos aspectos mercurianos e tifonianos), sendo esse Enxofre/Fogo a chispa imortal que vivifica cada ser. O Mercúrio é a alma ou veículo astromental, que expressa emoções e pensamentos, que manifesta a inteligência e a imaginação no indivíduo encarnado; é o mediador entre o espírito e o corpo físico.

O Sal simboliza o próprio corpo material denso com suas sensações e sentidos físicos, animado pelo Enxofre (o fogo vivificante, o espírito); é o receptáculo das influências espirituais (Enxofre) e das inquietudes da alma (Mercúrio).

No corpo humano, representado pelo Caduceu de Mercúrio, temos o ternário bioenergético, os etéricos condutos nervosos da coluna espinhal, chamados de Idá, Pingalá e Sushumná. Idá é a “serpente”, negativa; Pingalá, a “serpente”, positiva; e Sushumná é o bastão neutro com o globo Aour (Luz).

Assim, temos nos três pontos a representação de três forças primárias e fundamentais, a positiva, a negativa e a neutra, que são essenciais para gerar ou criar qualquer coisa no Universo manifestado. Aliás, esse princípio podemos ver na própria Física e na estrutura básica do átomo composto por prótons, elétrons e nêutrons.

Ainda no corpo humano, temos as três funções respiratórias (inspiração, retenção e expiração), e na genética e na fisiologia temos as forças manifestadas no pai, na mãe e no filho(a).
Como analogia, o triângulo, formado pelos três pontos, é também o símbolo alquímico do Fogo e do Enxofre (o triângulo sobre uma cruz equilátera).

A própria manifestação física do fogo essencialmente requer a combinação de três elementos: combustível (material de combustão), comburente (oxigênio) e calor (princípio de ignição), formando assim o triângulo do fogo, ou, maçonicamente, o delta luminoso do espírito…

sábado, 9 de novembro de 2013

CONSEQUÊNCIAS

Imagine-se em frente a um lago. As águas calmas, paradas. Uma pequena aranha tece sua teia nos juncos. Aves aquáticas deslizam tranquilamente. Sapos descansam sob as plantas. Peixes circulam atentos em busca de insetos próximos às margens. 

Imagine que você atira uma pedra no meio do lago. O barulho, o deslocamento da água, a lama que levanta no fundo, as ondas concêntricas na superfície. Os peixes se afastam ligeiros, instintivamente do perigo iminente. As aves se agitam. Os sapos ficam atentos. Os pássaros nas árvores ao redor silenciam por segundos, avaliando os possíveis riscos da súbita agitação. E até a pequena aranha pára em sua teia quando as ondas balançam os juncos, atenta à nova vibração.

Sua atitude mexeu com todo o ambiente e com os personagens que dele fazem parte. Imagine o impacto de jogar mais pedra, pedras maiores, mais vezes, muitas de uma vez, sem parar. As águas se tornam turbulentas e lodosas. A quietude termina. As aves voam. Os peixes se afastam, assustados, para o outro lado da lagoa. Os sapos buscam esconderijos mais seguros. Os respingos da água agitada molham a teia, destroem a teia ou derrubam a aranha. Você criou outro ambiente.

Pode lhe parecer igual, mas não é. Suas atitudes e escolhas mexem com seu mundo, com sua vida e com as pessoas ao seu redor. Você pode achar que não, pode não enxergar, não perceber, pode achar que o impacto é pequeno demais, seja ele bom ou mau. Mas há um impacto. E se expande em sua vida, como as ondas no lago. 

Usar drogas transforma seu mundo… Como seria um mundo sem drogas? Pare e pense por um instante. Consegue imaginar? São muitos detalhes. É utópico acreditar que tudo seria tranqüilo e perfeito. É claro que os problemas humanos não se resumem à drogas. Mas também é claro, ou deveria ser, que as drogas pioram e criam ainda mais problemas. Cegam. Adoecem. Atrasam. Em todos os níveis. 

O usuário solitário, em seu quarto, pode acreditar que está apenas relaxando e aliviando as tensões da vida; “afinal, é só maconha. É só de vez em quando. Compra com seu próprio dinheiro. Não faz mal a ninguém”. Pense melhor: as tensões existem para gerar energia, que deve ser canalizada para busca de soluções. Se anestesiar não soluciona problemas. Você está se enganando. 

As drogas, incluindo a maconha, geram transformações, em seu corpo e seu cérebro. Você está adoecendo. Sua capacidade de pensar e tomar decisões está alterada, deixando você descuidado ou violento. Você está se arriscando. É muito provável que sua família não saiba o que você está fazendo. Você está enganando as pessoas. Você poderia estar sendo uma pessoa melhor.

O problema vai crescer e transbordar os limites do seu quarto. “Não se pode enganar todos o tempo todo”. Sua família acaba descobrindo. E fica com medo, confusa, culpada, irritada, triste, desgastada, ressentida, desconfiada. E isso atinge você. Você poderia ter uma família melhor. 

O usuário de drogas falta mais ao trabalho, comete mais erros e tem mais dificuldade em manter um emprego, prejudicando colegas e empregadores. Usa mais os serviços de saúde e os leitos de hospitais, seja pelas conseqüências diretas do uso ou por se envolver em acidentes, brigas e contrair doenças por comportamento inconsequente. Além disso, pode envolver outras pessoas em acidentes, brigas ou transmitir doenças, mesmo sem intenção. Você envolve a sociedade nas conseqüências de seu vicio. 

Você poderia ter uma cidade melhor. Seria muita inocência acreditar que o dinheiro que você perde em drogas vai contribuir para o bem geral. Você está investindo em crimes de todos os tipos, corrupção, armas, conflitos, jogos de poder e violência. E não se engane: você não está no lado mais forte. Mas poderia estar usando sua força. Você poderia ter um mundo melhor. 

O problema não é só seu. É de todos. Todo o bosque sofre as repercussões do lago barulhento e cheio de lodo. Mas a responsabilidade é sua. Só você pode parar de jogar pedras. Como seria o SEU mundo sem drogas?

sábado, 26 de outubro de 2013

A LEI INICIÁTICA DO SILÊNCIO

ANTÓNIO ROCHA FADISTA - M.'.I.'. Loja Cayrú 762 GOERJ / GOB - Brasil 

Platão, chamado a ensinar a arte de conhecer os homens, assim se expressou: “os homens e os vasos de terracota se conhecem do mesmo modo: os vasos, quando tocados, têm sons diferentes; os homens se distinguem facilmente pelo seu modo de falar”. O pensamento do filósofo Iniciado nos oferece excelente oportunidade para uma profunda reflexão, principalmente para os que integram a Ordem Maçônica. 

Nem sempre nos damos conta de como nos tornamos prisioneiros das palavras proferimos. Por serem a expressão do nosso pensamento, por traduzirem as idéias e os sentimentos, as palavras se tornam um centro emissor de vibrações, tanto positivas quanto negativas. A palavra é o elemento que identifica o Homem e é a síntese de todas as forças vitais; é o elemento que interliga todos os planos, do mais denso ao mais sutil. A palavra está intimamente ligada ao silêncio, outra sublime expressão da psique humana. 

No mundo profano a palavra - falada ou escrita - é usada indiscriminadamente. A sociedade humana está cheia de palavras que ofendem, que humilham, que magoam e que denigrem a honra do próximo. Se se trabalhasse mais e se falasse menos, com certeza que a humanidade seria mais evoluída e mais civilizada. Infelizmente existem palavras em excesso, não só no mundo profano como também nos Templos Maçônicos. Tal situação é inconcebível em um Maçom, pois no estudo dos símbolos ele aprende a refletir sobre o conteúdo oculto das palavras que, em última análise, refletem a essência interior do ser humano. Não por acaso a doutrina Maçônica reserva o silêncio aos seus membros, de acordo, aliás, com a Tradição Pitagórica. A Escola Iniciática de Pitágoras tinha um sistema de três graus: o de Preparação, o de Purificação e o de Perfeição. 

Os neófitos do grau de Preparação, equivalente ao grau maçônico de Aprendiz, eram proibidos de falar; eram só ouvintes e cumpriam um período de observação de três anos, durante o qual a regra era calar e pensar no que ouviam. 

No grau de Purificação, equivalente ao de Companheiro Maçom, o silêncio se estendia por mais dois anos, adquirindo estes Irmãos o direito de ouvir as palestras do Mestre Pitágoras. 

Assim, para atingir o grau de Perfeição, equivalente ao de Mestre Maçom, quando então os Irmãos podiam fazer uso da palavra, era necessário praticar o silêncio durante cinco anos. 

Nas reuniões maçônicas, sem dúvida, constitui uma prova de sabedoria saber ouvir e manter o silêncio. Chílon, um dos sete sábios da Grécia Antiga, quando perguntado sobre qual a virtude mais difícil de praticar, respondia: “calar”. 

No Zend Avesta, que contém toda a sabedoria da antiga Pérsia, encontramos normas e regras sobre o uso e o controle da palavra, cuja universalidade desafia os séculos. No mundo maçônico, a dimensão da palavra falada e escrita não é diferente. Ao entrar em nossa Sublime Instituição encontramos, na ritualística, referências à sacralidade da palavra que, como meio de expressão dos pensamentos e dos sentimentos, deve ser sempre dosada, moderada, e deve espelhar o equilíbrio interno do orador. 

Em nossa Ordem, a palavra deve ser usada no mesmo sentido em que Dante Alighieri exortava o seu personagem Metelo, na Divina Comédia: “usa a tua palavra como um ornamento”. 

À primeira vista, o silêncio poderia parecer um condicionamento e um castigo. 

Na realidade, o silêncio, a meditação e o raciocínio, são a única via que leva à libertação das paixões e dos maus pensamentos. 

Além de exercitar a autodisciplina, em seu silêncio o Maçom apreende com muito maior intensidade tudo o que ouve e tudo o que vê. Assim, a voz do Irmão que se mantém em silêncio é a sua voz interior, quando ele dialoga consigo mesmo e, neste diálogo, analisa, critica, tira suas próprias conclusões e aprimora o seu caráter. Em suma, pelo silêncio, a Maçonaria estimula os Irmãos a desenvolver a arte de pensar, a verdadeira e nobre Arte Real. Deste modo, o silêncio em Maçonaria não é meramente simbólico e não é também um meio de castrar a iniciativa dos Irmãos. O silêncio é indispensável e decisivo no processo de lapidação da Pedra Bruta e no aperfeiçoamento interno dos Irmãos. Ao cruzar as portas de uma Loja Maçônica, trazendo consigo a liberdade total de expressão, um direito natural que lhe é garantido pela Declaração dos Direitos Humanos, sem as restrições que lhe impõem a moral e a razão, o novo Maçom aprende a controlar os seus impulsos, pela prática espartana do silêncio. 

Assim ele aprimora o seu caráter e prepara-se para ser um líder, numa sociedade na qual prevaleçam a Liberdade responsável, a Igualdade de oportunidades e a Fraternidade solidária. 

Se tiver de falar, que o maçom siga o conselho de Dante e use a sua palavra como um ornamento. Tudo se resume na prática da Lei do Amor e da Tolerância. 

Certamente que o Grande Arquiteto do Universo ilumina e abençoa a todos os que pensam mais do que falam, pois estes espiritualizam a sua matéria, e são os Seus filhos mais diletos. 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Qual seu compromisso com sua Loja?

VALE AQUI UMA REFLEXÃO:

A semana tem 7 dias x 24 horas = 168 horas.

Se formos colocar entre se preparar para ir a Loja e o término da sessão e chegar em casa temos aproximadamente assim: Das 18:30 horas às 23:30 horas = 5 horas.

Se dividirmos 500/168 = 2,97% DO SEU TEMPO PARA A LOJA.

Na realidade temos quase 3% de dedicação à Loja e faltamos. 

Porque todos os nossos afazeres, problemas, interesses pessoais, etc. etc. etc, se resumem nos 3%? Justifique.

A maçonaria em seu Regimento é clara. Antes de entrar para a ordem fazemos as perguntas:

Você dispõe de tempo para participar das reuniões? E nós respondemos sim.
Você dispõe de renda para cumprir com as obrigações pecuniárias sem afetar as despesas de tua família? E nos respondemos sim.
No dia da iniciação você é indagado na Câmara de Reflexões: Tens a chance de desistir, para aqui mesmo, você decide. E nós não paramos.
Durante a sessão de Iniciação, somos indagados várias vezes se queremos continuar. E nós respondemos sim.
Vamos ao Altar fazer nosso juramento de participar e cumprir com a nossa obrigação perante a Deus e perante aos nossos irmãos. E nós respondemos sim. Engraçado, até aqui temos tempo para tudo não é?

Depois de tudo isso, o Regulamento ainda diz o seguinte:

6. O Maçom se considera frequente com 50% de presença. Já não é mais 100%.
7. O Maçom pode atrasar mensalidade até 3 meses que é considerado regular. Mesmo assim com essa moleza ainda não damos a devida atenção a isso.

Além disso, se o irmão passar por dificuldades deve ele informar a Loja ou a seu padrinho ou o próprio Venerável ou ao irmão Hospitaleiro que tudo será colocado em reunião, avaliado e se justo podemos ajudar o irmão durante o processo de situação difícil pelo que ele esta passando. Fizemos e fazemos muito disso e não vou colocar aqui os N exemplos senão fica extenso.

O QUE CABE A NÓS MAÇONS?

Cabe ao irmão criar forças para mudar, se elevar materialmente, fisicamente e psiquicamente para continuar a colaborar com a Loja e se outro irmão tiver problemas, assim procederemos desde que ele mereça e esteja também buscando, lutando para melhorar e progredir.

Em tudo na vida há que se ter o esforço, sempre damos um jeitinho é só querermos. Mas os problemas são motivos para quebrar nossa força de vontade. Justificamos, justificamos, justificamos mas não explicamos.

SABE O QUE ACONTECE NA MAIORIA DOS CASOS?

Irmãos passam por problemas e não contam nada a ninguém e depois diz que a Loja, a maçonaria não ajuda.
O que é que eu vou fazer lá se não muda nada. E ele não sabe que quem tem de mudar é ele.
Irmãos usam de justificativas infundadas para não comparecer.
Irmão se aborrecem com irmão ou com o andamento das sessões e ao invés de conversar, de procurar levar o seu pensamento para ser avaliado por todos, em vez de colaborar, procura argumentos para se manter sempre na defesa, faz grupinhos, boicota e atrapalha o andamento dos trabalhos. 
Critica para destruir ao invés de usar a crítica para melhorias. Dá um péssimo exemplo de conduta e contamina a grande maioria que sonha, vislumbra e quer aprender.
O irmão se afasta e da uma de coitadinho e por aí vai.

Meu irmão, devemos procurar o exemplo dos bons e eles estão aí espalhados por uma infinidade de Lojas, quer ver alguns exemplos?

Irmão que mesmo no seu dia de aniversário comparece a sessão e não arrumou problemas com a esposa e filhos, pelo contrário, eles o amam. Irmãos que chegam a ter 100% de frequência. Irmãos com temperamento forte, discutem mas nunca perde a linha nem se afasta da Loja, pelo contrário esta sempre ajudando. 

Irmãos que passam por momentos difíceis mas tão difíceis que pode até abandonar o barco que é justificável mas luta contra o mal que lhe afeta. 

Irmãos que trabalham duramente cada dia da semana, fazem cursos, frequentam palestras, viajam e muitas vezes não da nem tempo te tomar um banho em casa porque vai direto para a Loja e nem discutem isso.

Irmãos com filhos pequenos que ainda estão criando anti-corpos e muitas vezes sofrem as doenças normais da infância e ele consegue ajustar isso.

Irmãos que mesmo acometido de derrame cerebral. Ajudam e não arredam o pé.

Irmãos estudiosos que são profundos conhecedores da matéria apresentam trabalhos para elevar o conhecimento de mais irmãos, são professores em Escolas Universidades e conseguem se ajeitar nos horários de aula para poderem frequentar a Loja.

Irmãos que não tem muita facilidade de comandar mas os outros irmãos o apoiam e ele consegue triunfar e aprender a lidar com a administração da Loja e nunca nega em ser solícito.

Irmãos que passam por doenças, acidentes, dificuldade financeira e conseguem dar a volta por cima, pagam as dividas tanto para a Loja quanto para os irmãos que lhe ajudaram e jamais deixam de participar e cumprir com as obrigações em Loja, independente de quem eram os comandantes.

Se for ficar aqui colocando os exemplos de passagens pela maçonaria você vai ficar o dia inteiro lendo pois temos N exemplos de conduta e de comportamento que fazemos questão de que sejam os nossos espelhos.

A falta somente se justifica na ausência de vida mas mesmo assim acredito no pós vida que sei que eles estão presentes nas sessões. Claro que sei também que muitas vezes necessitamos da falta e os motivos são justificados, claro que isto acontece mas mesmo assim não podemos deixar de perder o foco senão vai acostumando e quando menos percebemos estamos saindo pela tangente.

Portanto meu irmão tudo vai de acordo com o nosso pensamento. O HOMEM DEPENDE DO SEU PENSAMENTO, se ele quer ele da um jeitinho e a coisa acontece. Mas se der mole, se afrouxar, aí é que o desânimo bate e ele foge.

Desculpa meu irmão se fui duro mas não posso deixar de achar outra forma de pensamento que não seja essa. Você pode me dar N razões mas se você quer, você da um jeitinho, é só querer. 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Como vencer na Maçonaria sem fazer força

Ir.·. José Castellani
Consultório Maçônico II

Depois de muitos anos na Maçonaria brasileira, vendo carreiras meteóricas e ascensões fulminantes de homens medíocres, sem cultura geral e maçônica, sem vivência dentro da Instituição e sem trabalhos de vulto, em benefício dela, creio que posso dar, aos novos maçons, que queiram enquadrar-se nessa situação, a receita de como possuir altos graus e cargos elevados, sem o tempo necessário e legal e sem fazer força.

É claro que essa receita é, apenas, para as mediocridades, que não possuem capacidade suficiente para subir por seus próprios méritos. Eis as regras, bem simples:

01)- Faça muitos exercícios de contorcionismo, para que sua coluna vertebral torne-se bastante flexível, permitindo dessa maneira, grandes curvaturas aos que lhe são hierarquicamente superiores dentro da Ordem.

02)- Exercite, também, os seus joelhos, para que eles aguentem as genuflexões aos detentores do poder.

03)- Acostume sua cabeça a balançar, apenas, no sentido vertical e nunca no horizontal, para que possa concordar com tudo o que os seus superiores hierárquicos, na Loja, ou na Obediência, desejarem.

04)- Bater palmas aos que estão acima, sempre ajuda: exercite as mãos.

05)- Seja sempre o primeiro no cortejo da bajulação, no cordão dos puxa-sacos dos detentores dos poderes simbólicos e dos altos graus, desde que, é óbvio, eles gostem de bajulações.

06)- Nunca diga “não”. Seja como a boa prostituta e concorde com tudo, pois negócio é negócio.

07)- Seja sempre bonzinho com todos, fale mansa e suavemente, sem nunca alterar a voz: não dê palpites, não emita opiniões, não queira dar demonstrações de cultura e todos acharão que você é o máximo.

08)- Procure conseguir alguns titulozinhos “profanos” mesmo sabendo que a mediocridade não merece títulos, rastejando e implorando é possível consegui-los. O trabalho compensa, pois os títulos, mesmo imerecidos, impressionam os basbaques.

09)- Acima de tudo, e esta é a regra principal, esteja, sempre, com quem está por cima. Se, todavia, aquele que estiver por cima vier a cair, não hesite em ser volúvel: mude de amo, pois a sua vaidade terá que ser maior que a sua dignidade.

10)- Não seja independente, pois Maçom independente só sobe pelos seus próprios méritos e com esforço; além de tudo, independência é apanágio de quem tem dignidade, brio e não é medíocre, não precisando, portanto, de todas essas regras.

Seguindo essas dez simples regras, é possível, em pouco tempo, chegar aos mais altos graus (nesse caso, uma boa conta bancária também ajuda), em detrimento de Irmãos mais antigos e mais capazes, e subir aos altos cargos simbólicos, com exceção do Grão-Mestrado, pois os títeres só servem para sustentar os Grão-Mestres e nunca para tomar-lhes o lugar.

Quem fizer tudo isso, será, logo, um figurão dentro da Instituição e mesmo que não possua suficiente cultura, será um bom enganador, pois todos acharão que a possui.

A existência desses figurões fabricados, todavia, é motivo de grande desgaste, para a Maçonaria, pois ela repete, no caso, um dos grandes erros da sociedade “profana”, que é a inversão de valores; além disso, ocupando altos cargos na Ordem e sendo reconhecidos como medíocres lá fora, eles depõem contra a própria Instituição. Há alguns anos, um amigo e Irmão “adormecido”, portador de vasta cultura e reconhecidamente capaz, perguntou-me, a respeito de um conhecido comum nosso: - “Qual é o cargo que Fulano ocupa no Grande Oriente?” Quando eu lhe respondi, ele, atônito, exclamou: - “Puxa! Esse indivíduo, multiplicado por dois, não forma meio burro! Como vai mal a nossa Maçonaria!” - Era bobagem eu tentar explicar como o “indivíduo” conquistou o cargo. Ficaram, apenas, a vergonha e o desencanto, próprios de quem é Maçom de brio e não gosta de ver deturpada a imagem da Maçonaria Nacional.

Em 1974, como responsável pelo Boletim da Loja “Lealdade à Ordem”, da qual fui idealizador e fundador, fiz uma crítica, abordando a mediocridade da assessoria do Grande Oriente de São Paulo ligado ao GOB, já que é notório que os cargos de confiança nem sempre levam em conta a capacidade, mas servem, mais, para premiar “os amigos do rei”. A crítica tinha endereço certo: era dirigida a dois “Grandes” Secretários; todavia, todos enterraram a carapuça até os joelhos. O Grão-Mestre estadual da época disse-me, então, que eu havia ofendido a toda a cúpula. Ora, se toda a tal cúpula sentiu-se “ofendida” é porque eu, realmente, me enganara: a mediocridade era total e não de apenas dois Secretários, pois quem não era, realmente medíocre, não poderia sentir-se atingido. Certamente todos seguiam o conselho da sabedoria antiga “Nosce te ipsum” (tradução latina da inscrição grega encontrada no frontispício do templo de Apolo, em Delfos), que significa: “Conhece-te a ti mesmo”.

Com o conhecimento desse fato, muitos poderão perguntar-me se a atual crítica também tem endereço certo. E eu responderei, imitando um antigo político brasileiro: “Nem sim, nem não, muito pelo contrário; deixemos, aos pavões, o benefício da dúvida”. Os homens brilhantes, que estão nos altos escalões da Maçonaria Nacional e que representam a maioria, não se sentirão atingidos. O resto? Bem, o resto… é o “resto”!

Cabe, aqui, entretanto, uma advertência final: não confundir subserviência com fidelidade, pois qualquer Maçom pode ser fiel a um dirigente maçônico,  sem ser servil , sem se desfazer da vontade própria, sem prostituir a sua consciência e sem ter a docilidade de um fantoche. A fidelidade consiste em dar apoio, mas não aplaudir e avalizar os erros, pois o verdadeiro amigo, o amigo fiel, chama a atenção para os erros e suas consequências, impedindo que eles sejam cometidos. Um Grão-Mestre democrático ouve os que o cercam e toma as suas resoluções de acordo com a maioria, formando uma liderança coletiva, base e sustentação da moderna democracia. Uma assessoria que, por mera adulação, se comporta como um rebanho de carneiros, é altamente deletéria, é a negação da liberdade de consciência, é o primeiro passo para uma nefasta ditadura, incompatível com o espírito maçônico de LIBERDADE.



sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A Participação do Maçom

Nas reuniões, resume-se a receber os maravilhosos fluídos, as sadias vibrações, o calor humano e as lições que são o saldo positivo de tudo.


Essa participação, contudo, será “passiva”, e, portanto, insuficiente; o Maçom precisa trazer consigo, de casa, uma parcela de contribuição; raros são os casos em que um Ir.’. traz um trabalho espontâneo, pois se sente proibido diante do Tempo de Estudos já programado e teme uma ingerência não solicitada. Esse comportamento traduz a falta de conhecimento do Ritual e das Leis Maçônicas, pois todo o Maçom, independente de seu grau tem o direito à palavra.

Cremos que a participação do Maçom deve ser ativa, presente, forte, pois será o “conjunto” dos Obreiros que formará a Egrégora. A pior posição, que é cômoda, é a do Obreiro que “exige” de seu Venerável Mestre uma programação que o deixe satisfeito. Isso não é “participação”, mas egoísmo. Somos da opinião que deveria haver nas lojas o “rodízio” dos cargos, obrigando assim todos a exercitarem uma tarefa em benefício comum. O trabalho de todos é o verdadeiro trabalho maçônico, pois uma construção de alvenaria exige a participação de todo o grupo convocado para tanto.

Ninguém pode desprezar a tarefa que não aparece como o alicerce que some no subsolo, como a parte que fica oculta sob o reboco. O conjunto arquitetônico merece, é verdade, os louvores do arquiteto ou do empreendedor; nós sabemos que a Humanidade é injusta e que premia somente aqueles que aparecem – e na Maçonaria, malgrado toda sua filosofia contrária a esse disparate, infelizmente, há ocorrências até costumes a respeito. Contudo, a Maçonaria não visa premiações, mas o término da obra. O Obreiro tem o direito de exigir de seu Venerável, por meio do Saco de Propostas e Informações uma programação que o satisfaça.

O Maçom que não dá a sua “participação” não tem o direito à crítica e muito menos à ausência. A Maçonaria não pune, mas isso não significa ausência de responsabilidade. Temos um fator muito importante, embora possa ser considerado arcaico e ultrapassado na conceituação moderna: o Juramento.


Não seria ele suficiente para comprometer o caráter do Maçom? A leviandade do “esquecimento” do Juramento certamente impõe ao Maçom a imputação de traição, pois se separado do Grupo o deixa enfraquecido. Medite o Maçom sobre essas considerações: amplie-as e adapte-as ao seu caso peculiar, e terá plena certeza de que a sua Loja, com a sua contribuição participativa, crescerá em todos os sentidos.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O VELHO NA MAÇONARIA.’.

Autor desconhecido.

“Outrora, a velhice era uma dignidade; hoje, ela é um peso.” François Chateaubriand
Quando fui iniciado, a vida para mim ganhou um novo sentido, pelas novas amizades e pelo ensinamento que recebia nas instruções de meus preceptores. A sessão maçônica era uma coisa extraordinariamente nova e reveladora. Sonhava em crescer na ordem e ser como aqueles irmãos mais antigos, pois via neles tanto conhecimento e amizade, meus sábios inspiradores.

Aqueles “velhinhos” eram a porta para meu ingresso no conhecimento e na filosofia da Arte Real.
Para mim, eles viviam num mundo de felicidade e que aquilo era uma herança, que levariam até os dias da velhice.

 Esse sentimento inundava o meu espírito de paz e esperança. Jamais poderia pensar que o caminhar dos anos trouxesse consigo mudanças tão importantes.

Parece que a juventude não conhece o segredo para a transmutação e quando a idade avança, somos pegos por uma realidade surpreendente, às vezes desalentadora. A ordem que servimos por décadas a fio, dispendendo os maiores esforços, nos abandonara na idade senil. Justamente quando estamos mais carentes e fragilizados.

Na América do Norte, os maçons idosos vão para o albergue da ordem onde vivem em paz e dignamente.
Toco nesse assunto, levando em conta casos de irmãos que vivem no mais completo abandono maçônico.
Vitimados por uma enfermidade não saem para lugar algum, aprisionados em suas casas.  
Essa realidade é bem diferente dos templos aconchegantes e das amplas festas e Copos D'Água que um dia frequentaram.

Aquela alegria barulhenta e os abraços fraternos deram lugar ao abandono, ao ostracismo involuntário e ao silêncio cósmico que arrasa seu moral.

Se tivessem a mão amiga de um irmão, poderiam ir à Loja, aos almoços e de novo serem felizes.

A maçonaria, pródiga em ajudar os velhinhos dos asilos profanos, vira a cara para seus próprios membros que nem sempre precisam de apoio pecuniário, apenas de uma visita.

A tentativa de levar irmãos à casa de um enfermo sempre resulta em fracasso, pois ninguém se interessa.

Os Veneráveis Mestres, esses, nunca vão.

O tempo corre célere e a vida escapa pelos dedos como o mercúrio.

Irmãos, ainda há tempo, embora curto, para amar o próximo, pois o Céu não pode esperar.

Pense nisso....

TFA.’.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Discussão Política e Religiosa

M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto

CIM 196017

As discussões políticas e religiosas já tinham sido proibidas, anteriormente, dentro das lojas pelos estatutos de Anderson. Essas discussões são também proibidas na Maçonaria contemporânea com o mesmo rigor.

Essa proibição se concretizou em 1723 na Constituição de Anderson, onde, no Capítulo referente a “Deus e Religião” ficou estabelecido que as opiniões religiosas seriam particulares e a Ordem (Craft) teria a Religião que todos os homens concordam.

Isto, obviamente, era baseado na política dessa nova Grande Loja (fusão de 04 Lojas, ocorrida em 1717, em Londres) para evitar discussões religiosas e políticas, sendo estas os principais motivos de discórdia e destruição da harmonia na época.

Devemos observar que os maçons já tinham conhecimento, naqueles tempos, dos perigos apresentados nas discussões sobre religião e política. A Grande Loja foi formada, em Londres, logo após a rebelião abortiva de James Stuart, o “Antigo Pretendente” (filho de James II). Opiniões políticas e religiosas eram conduzidas de modo duro e amargo, e a desunião entre os Whigs (Hanoverianos) e os Toris (Stuarts) era muito profunda. O primeiro grupo era, na maioria, Protestantes e o segundo grupo, Católicos Romanos.

Uma introdução de qualquer tendência na Política e/ou Religião na Francomaçonaria, naquele estágio, poderia ser desastrosa.

Além disso, a guilda de pedreiros tinha como princípio fundamental a Fraternidade – acima das divisões humanas, tendências políticas, filosóficas ou religiosas. Se optassem por uma das definições teológicas já existentes na época, estariam filiando a Maçonaria à instituição que emitira aquele conceito, e desse modo, afastariam todos aqueles que pensassem de maneira diferente; se propusessem uma nova concepção, estariam dando à Ordem os contornos de uma nova religião, e assim afastariam também os sinceros adeptos de todas as outras (Eleutério N. Conceição).

Os trabalhos no Tempo de Estudo, ou as Conferências, devem evitar esse assunto com cuidado e, por essa razão, o Venerável Mestre reserva-se o direito de proibi-las, se o assunto anunciado, sobre o qual deve estar informado, lhe parecer indesejável.

Até fora da Loja, essas discussões são proibidas, e admite-se que perguntar a um irmão quais são as suas opiniões políticas seja uma indiscrição. Aparentemente, nas Obediências irregulares, essa regra é violada de maneira permanente, e pode-se até dizer que as conferências “anti-religiosas’ constituem o essencial dos programas de certas lojas em que o velho anticlericalismo está longe de estar morto. (Alec Mellor – Dic. da Franco Maçonaria – pag. 105).


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Erros Ritualísticos

Irm.'. Carlos Brasílioo Conte 
Autor do Livro "A Doutrina Maçônica"

“Aquele dentre vós que nunca tenha errado, que atire a primeira pedra” Jesus, o Cristo.

Quem está habituado a frequentar teatro, ou espetáculos de dança, certamente já presenciou atores cometendo “gafes”, atrizes perdendo adereços ou bailarinas tropeçando nas próprias sapatilhas e…surpreendentemente… ninguém zomba, vaia ou critica.

O autor corrige a própria “gafe” com uma “tirada” espirituosa, a atriz continua o seu desempenho sem o adereço e a bailarina levanta-se e continua sua apresentação com dignidade e esmero. Após o término do espetáculo talvez leve uma “bronca” do diretor mas certamente receberá o abraço e o apoio fraternal de seus colegas e companheiros. E é só.

Essa tolerância do público, dos colegas e dos companheiros, que também se revela nos desfiles, shows e espetáculos circenses, muitas vezes inexiste no cerimonial maçônico.

 Já presenciei – e não poucas vezes – um Mestre de Cerimônias cometer erros (e quem não os comete?) que passariam desapercebidos ou que em nada alterariam a essência do Ritual e da Liturgia. Se não fosse a intervenção desastrosa de um irmão que, corrigindo-o acintosamente, causa um enorme mal-estar naqueles que, compenetrados na essência da sessão, sentem nessa atitude uma quebra de harmonia e de fraternidade.

Ponho-me então a imaginar se ele, o intolerante, age assim por perfeccionismo ou por uma necessidade egoísta de demonstrar aos demais o seu conhecimento, o seu domínio do cerimonial, a sua sabedoria; creiam-me: a resposta é quase sempre a segunda…infelizmente!

Pregamos a tolerância e a fraternidade, e é nesses momentos cruciais que teríamos a oportunidade de exercê-las efetivamente na prática. A “bronca”, ou a observação, podem ficar para o final da sessão quando, então, no copo d´água nos aproximaríamos do Irmão que errou e, delicadamente, lhe diríamos:

- Parabéns pela sua atuação, Irmão Mestre de Cerimônias. Seu desempenho foi muito bom, quase perfeito, exceto por aquele momento em que o irmão cometeu tal falta…”

Agir assim, não é muito mais bonito?


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Você me ajudou porque sou Maçom?

O carro de um vendedor que viajava pelo interior quebrou e conversando com um fazendeiro de um campo próximo eles descobrem que são Irmãos.

O vendedor está preocupado porque ele tem um compromisso importante na cidade local. "não se preocupe", diz o fazendeiro, "você pode usar meu carro". 

"Vou chamar um amigo e mandar consertar o carro enquanto você vai ao seu compromisso. " 

E lá foi o vendedor, e umas duas horas mais tarde ele voltou, mas infelizmente o carro precisava de uma peça que chegará somente no dia seguinte. 

"Sem problemas", diz o fazendeiro, "use meu telefone e reprograme seu primeiro compromisso de amanhã, fique conosco hoje, e providenciaremos para que seu carro esteja pronto logo cedo!" 

A esposa do fazendeiro preparou uma jantar maravilhoso e eles tomaram um pouco de malte puro em uma noite agradável. 

O vendedor dormiu profundamente e quando acordou, lá estava seu carro, consertado e pronto para ir. 

Após um excelente café da manhã, o vendedor agradeceu a ambos pela hospitalidade. 

Quando ele e o fazendeiro caminhavam para seu carro, ele se voltou e perguntou : "meu irmão, muito obrigado, mas preciso perguntar, você me ajudou porque sou Maçom?" 

"Não", foi a resposta,

"Eu ajudei você porque eu sou maçom." 

(Autor Desconhecido).

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

HUZZÉ!!!

Por Emanuel Júnior (ARLS Verdadeiros Amigos - SP)

Em torno desse vocábulo são apresentadas razões as mais absurdas. Como é ignorada a sua origem, Huzzé é apresentado como uma corruptela de Huzza, que seria a expressão de alegria e louvor usada pelos maçons ingleses traduzida por “viva”. Biblicamente, Huzzé era o nome de uma personagem. 

Sua origem é hebraica, embora em árabe seja pronunciada “HUZZA”, para os antigos árabes ‘HUZZA” era o nome dado a uma espécie de acácia consagrada ao Sol, como símbolo da imortalidade, e sua tradução significa força e vigor, palavras simbólicas que fazem parte da tríplice saudação feita na Cadeia de União: Saúde, Força e Vigor. Na Inglaterra a aclamação “HUZZÉ” tem a pronúncia UZEI, tomada do verbo TO HUZZA (aclamação) como sentido “viva o rei”.

Significado

No pequeno Vade-mécum Maçônico do Ir.’. Ech Lemos: “Houzé” – Grito de alegria dos maçons do rito escocês. No Dicionário de Maçonaria do Ir.’. Joaquim Gervasio de Figueiredo: Houzé – Grito de aclamação do maçom escocês.

No Dicionário Maçônico do Ir.’. Rizzardo da Camino, Huzzé é apresentado como uma corruptela de HUZZA, que seria a expressão de alegria e louvor usada pelos maçons ingleses traduzida por “viva”.
Biblicamente, HUZZÉ era o nome de uma personagem.

Deve-se pronunciar “HUZZÉ”, dando ênfase ao som da letra “H”, a qual exige um sopro mais forte, e “ZZÉ” como afirmação, como que solfejando um Dó bem longo e terminando em Fá, tendo a sensação de estar passando do escuro da noite para o alaranjado da manhã, da dúvida para a certeza, da angústia para serenidade.

Em maçonaria, HUZZÉ é uma exclamação, e como tal, deve ser clamada com um sopro forte, quase gritado, em dois sons, para que possa ser respeitada a harmonia musical do vocábulo, a fim de que se conserve todo efeito esotérico dessa saudação ao GADU.’., significando que Deus é sabedoria, força e beleza. HUZZÉ, HUZZÉ, HUZZÉ, ou seja, salve o GADU.’. , salve o GADU.’. , salve o GADU.’.

O valor do HUZZE está no som, a energia provocada elimina as vibrações negativas. Quando em Loja, surgirem discussões ásperas e o V.’.M.’. receiar-se que o ambiente posssa ser ‘perturbado” suspenderá os trabalhos, e comandará a expressão HUZZÉ, de forma tríplice, reiniciando os trabalhos, o ambiente será outro, ameno e harmônico.

Dentro de Loja, o V.’.M.’. comanda no início dos trabalhos a exclamação HUZZÉ, que deve ser pronunciada em uníssono. Essa exclamação prepara o ambiente espiritual, afastando os resquícios de vibrações negativas trazidas para dentro do templo pelos IIr.’.

Ao término dos trabalhos, é exclamado para “aliviar” as tensões surgidas. Toda liturgia maçônica compreende os aspectos místicos, físicos e psíquicos.

O HUZZÉ que provoca a expulsão do ar impuro, substituído pelo “Prana” que se forma no Templo, harmoniza o ambiente numa escala única, num nivel salutar, capacitando o maçom para receber em seu interior os benefícios da Loja.

Quando um maçom é solicitado à exclamação HUZZÉ, que o faça conscientemente para obter, assim, os resultados mágicos dessa manifestação física de seu organismo, portanto deve ser aprendida e ensinada, para que possas ser exercitada com Sabedoria, Força e Beleza.


sexta-feira, 26 de julho de 2013

O SIMBOLISMO DA ROMÃ

Contribuição Irm.'. Fábio Zambrano (M.'.I.'. Luz e Fraternidade)

Fonte: Ir.'. José Roberto Trautwein - M.’.I.’. - Or.'. de Curitiba - PR - Publ. Rimmôn

O símbolo menos analisado na filosofia maçônica é, sem duvida, a romã.

Colocada sobre o capitel de cada coluna, sempre acima do olhar físico de cada OObr.’., ela passa despercebida e, por isso, mais ignorada, porque da muito trabalho olhar para cima e sondar os mais elevados ideais que a Maçonaria busca.

Nos trabalhos escritos da maioria dos autores maçônicos, vê-se muito sobre significados e interpretações dos símbolos que envolvem as colunas B e J. Não se tem dado muita atenção às romãs que, embora sustentadas pelas colunas, representam o que há de mais essencial em nossa instituição.

Senão, vejamos: “tomemos uma romã em nossas mãos” é uma fruta bastante diferente das demais e não foi por acaso que entrou como peça decorativa dos Templos Maçônicos.

A sua casca, dura e resistente, representa a Loja em si, o templo material que obriga os OObr.’. reunidos. As sementes representam os OObr.’..

Ora, como se sabe, uma semente não é exatamente igual à outra, em tamanho e formato, mas o paladar de todas é invariavelmente idêntico.

Daí já extrai uma lição valiosa: não importa, para quem saboreia a fruta, quais as sementes são pequenas e quais as grandes; importa isso sim, o paladar.

Na Loja, temos IIr.’. de menor porte na vida profana e outros, com maior gabarito social e econômico . Se a sabedoria do G.’.A.’.D.’.U.’. assim o quis, cabe nos lembrar que a mesma seiva que alimentou o pequeno grão, alimentou igualmente o maior.

Não obstante, as sementes pequenas e grandes estão unidas, todas compondo um único fruto, com um só objetivo: servir de alimento e fonte de prazer ao paladar.

O que, na romã, mantém as sementes unidas?

O bom observador da natureza maravilhosa, nota muito bem que é a pele interna, que tem a finalidade de manter unidas as sementes da romã. Essa pele, feita da mesma substancia carnuda e consistente da casca e do miolo, representa o selo, ou melhor, o sigilo maçônico.

Rompido esse selo, as sementes ficam expostas ao ataque de pragas, deteriorando-as e estas perdem assim sua finalidade.

Igualmente na Loja, todos os nossos assuntos carecem da proteção do sigilo, sob pena de, rompido este, a Loja, que é a romã, vir a sofrer sérias conseqüências como a perda da coesão, da união que deve reinar em nosso meio em prol o bem comum.

Diga-se de passagem, nosso juramento, representado pela seiva que alimenta as sementes (os OObr.’.) foi contraído sem o mínimo de coação moral e sem reserva mental ou equivoco.

Rompido esse juramento, a fruta definha, seca e, por fim, apodrece. Assim, o sigilo, representado pela pele que UNE e SELA as sementes, merece de nossa parte o máximo de cuidados.

A fruta, ao soar da primeira batida do malhete até a ultima, deve ser saboreada enquanto durem os trabalhos.

É responsabilidade do fruticultor, que representa o Venerável, zelar para que a árvore da Maçonaria venha a produzir frutos não afetados por pragas e doenças, zelando pela preservação não só da casca da fruta (o material), como também pela unidade garantida pelo sigilo, que é simbolizado pela pele interna da fruta.